Qual o custo da inação para empresas, conselhos e da boa governança corporativa?

Não! Não dá mais para continuarmos adotando modelos antigos, quando o mundo mudou.

Não é mais possível conflitos de interesses e ingerências nos negócios, em detrimento de boas práticas de governança corporativa.

Não é possível negar os Princípios de Equador, salvaguardas ambientais e sociais, antes de empréstimos, não só pela responsabilidade compartilhada, mas como parte da análise do dever fiduciário dos clientes em honrar seus compromissos.

Não dá para viver em meio a 3 crises planetárias (emergência climática, perda da biodiversidade e poluição) e continuar ignorando os eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos.

Depois da pandemia do Covid-19, não dá para ignorar que o desmatamento de florestas, aliado às altas temperaturas, pode levar ao aumento de zoonoses (doenças infecciosas que circulam entre animais e humanos) e, por isso mesmo, o risco do surgimento de novas doenças.

Em uma situação mais cotidiana, não dá para desconsiderar que o brasileiro ainda tem enfrentado a proliferação de mosquitos como o Aedes Aegypti – atual crise da dengue – bem como o transmissor de pelo menos mais duas doenças graves, devido ao aumento das temperaturas.

Fazer o que?

Tal qual preconiza a 6.ª edição do Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), precisamos resgatar a ética como valor fundamental em nossas vidas. A ética como um conjunto de valores e princípios que orienta a conduta e viabiliza o convívio e a evolução do ser humano em sociedades cada vez mais complexas.

Ela deriva do senso de coletividade e interdependência que impulsiona os indivíduos a colaborarem com o desenvolvimento da sociedade, direcionando suas ações para o bem comum.

Nem nós, nossos processos produtivos e nossas empresas existem em um vácuo. Como na lei da física, toda ação tem uma reação. E nessa aldeia global, precisamos ter o senso de pertencimento, sabendo que nossas reações reverberam além de nossa casa, nossa família, nossa empresa, nossa cidade, nosso país.

Ainda, com as tecnologias da informação e da comunicação, qualquer má ação ou conduta é rapidamente difundida nas redes sociais e uma reputação construída a duras penas, se dissolve nas redes sociais com um único clique.

Em uma perspectiva mais abrangente, a ética embasa os cinco princípios de governança corporativa – a integridade, a transparência, a equidade, a responsabilização e a sustentabilidade.

Lembrando que não existe sustentabilidade em um planeta em chamas. Não existe sustentabilidade sem ar para respirar e água para beber. Não existe sustentabilidade com colaboradores doentes, insatisfeitos e sem engajamento. Não existe sustentabilidade com crise de reputação e a política do cancelamento.

Você já calculou o custo da inação? 

Para conselhos e empresas é bom lembrar das boas práticas de Governança Corporativa – da Estratégia – Gestão de Riscos – Metas e Métricas.

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