Todo início de Outubro, a Fundação Nobel revela os ganhadores da tradicional premiação. O início da premiação se deu em razão da morte do químico sueco Alfred Nobel (1833-1896), inventor da dinamite e responsável pelo desenvolvimento de borracha e couro sintético.
Todos os anos, em setembro, uma comissão julgadora nomeada pelo BC da Suécia envia formulários confidenciais a cerca de 3.000 pessoas ao redor do mundo.Entre elas há professores, intelectuais renomados, integrantes da Real Academia Sueca de Ciências e ganhadores do Nobel de Economia no passado.
A comissão então compila os nomes e chega a uma lista final , que é mantida em sigilo, mas costuma contemplar entre 200 e 300 nomes. É a partir dessa lista que a comissão julgadora chega a uma decisão e elabora sua justificativa.
A premiação envolve uma medalha de ouro 18 quilates, um diploma e 11 milhões de coroas suecas (equivalente a mais de R$5 milhões), valor que normalmente é dividido quando há mais de um ganhador.
No ano passado, o Nobel de Economia foi outorgado ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) Ben Bernanke e outros dois economistas norte-americanos, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig, por seus estudos sobre bancos e crises financeiras.
Quem são os favoritos?
- Daron Acemoglu: por seu trabalho na nova economia institucional. O economista turco é prolífico, muito citado na academia, popular entre seus pares e citado há anos entre os favoritos. Acemoglu destaca a importância de sociedades abertas e democráticas. Sua eventual escolha seria considerada “anti-Trump”.
- Thomas Piketty, Emmanuel Saez e Gabriel Zucman: o trio de economistas franceses ganhou notoriedade, pela investigação sobre as causas e consequências da desigualdade de renda. O livro “O Capital no Século 21”, lançado por Piketty em 2013, figura entre as obras de economia mais lidas e discutidas da última década — dentro e fora dos círculos acadêmicos.
- Raj Chetty: o americano de origem indiana é famoso pela compreensão dos determinantes das oportunidades econômicas e pela definição de políticas destinadas a melhorar a mobilidade social.
- Edward Glaeser: o norte-americano é conhecido por sua visão sobre a economia urbana e a cidade como motor do crescimento econômico. Trata-se de um campo de estudo nunca premiado antes com o Nobel de Economia.
- Philippe Aghion: o francês ganhou notoriedade por sua obra sobre crescimento inclusivo e destruição criativa.
- Robert Barro: o macroeconomista norte-americano é reconhecido por seu trabalho sobre expectativas racionais, dinheiro, inflação, emprego e crescimento. Seria uma escolha antikeynesiana em tempos de tendências keynesianas no debate econômico internacional.
- John List: o norte-americano tornou-se notório por sua contribuições à ciência empírica, mais especificamente por seus experimentos de campo para testar teorias comportamentais.