Raízen tem prejuízo de R$ 2,3 bilhões no 2° tri da safra 2025/26

Raízen vende R$ 1,045 bilhão em ativos de cana-de-açúcar da Usina Santa Elisa para reduzir alavancagem

Raízen/Divulgação

A Raízen (RAIZ4) divulgou seu relatório financeiro nesta sexta-feira, registrando um prejuízo líquido de R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre da safra 2025/26. O resultado representa uma forte deterioração em comparação com o prejuízo de R$ 158,3 milhões apurado no mesmo período da safra anterior.

Em contraste com o prejuízo, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado da companhia alcançou R$ 3,3 bilhões no trimestre. No entanto, o valor representa uma queda de 12,8% na comparação anual.

Apesar de o Ebitda ajustado ter ficado em linha com as estimativas dos analistas, que esperavam R$ 3,2 bilhões, o resultado foi considerado fraco. Segundo a análise de mercado, o desempenho reflete dificuldades nos segmentos de S&E (Açúcar e Etanol) e no negócio de Mobilidade Argentina, cujos resultados ofuscaram a performance robusta do segmento de Mobilidade Brasil.

Apesar do desafio do prejuízo e da queda do Ebitda, um ponto positivo surpreendeu o mercado: o Fluxo de Caixa Livre (FCF). A dívida líquida da Raízen apresentou uma redução de R$ 745 milhões, contrariando a expectativa de consumo de caixa. Essa melhoria é atribuída a dois fatores principais:

Contudo, a métrica de alavancagem Dívida Líquida/Ebitda subiu para 4,5x (segundo estimativas da XP), pressionada diretamente pela redução dos lucros.

A XP destaca que, mesmo com os desafios de alta alavancagem, FCF limitado e margens deprimidas em S&E, a Raízen apresentou pontos fortes:

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