As bolsas de valores da Ásia e do Pacífico encerraram a segunda-feira (19) majoritariamente em baixa, refletindo a digestão por parte dos investidores do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s e a publicação de dados mistos da indústria e do varejo na China.
Liderando as perdas na região, o índice Taiex de Taiwan caiu 1,46%, fechando a 21.523,83 pontos. Em Seul, o Kospi sul-coreano recuou 0,89%, para 2.603,42 pontos, enquanto o japonês Nikkei cedeu 0,68% em Tóquio, a 37.498,63 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong registrou uma perda marginal de 0,05%, fechando a 23.332,72 pontos.
A decisão da Moody’s, anunciada na última sexta-feira, de rebaixar a perspectiva da nota de crédito dos EUA de “estável” para “negativa”, embora mantendo o rating “Aaa”, pressionou a curva de juros e os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasurys, que operaram em forte alta.
Os juros projetados para a dívida de 30 anos chegaram a ultrapassar 5% nesta manhã, sinalizando maior cautela dos investidores em relação à dívida dos EUA e aos desdobramentos da guerra comercial, iniciada em abril.
A Moody’s foi a última das três grandes agências de avaliação de risco a manter o triplo A dos EUA. A S&P realizou seu corte em 2011, durante o governo de Barack Obama, e a Fitch rebaixou em 2023, sob a administração de Joe Biden.
A justificativa para a decisão da Moody’s reside no aumento da dívida pública americana, em um momento em que o Congresso se prepara para aprovar novos cortes de impostos sem compensação. As notas das agências de risco indicam a probabilidade de um país honrar suas dívidas. A Moody’s sinaliza que o risco, embora ainda baixíssimo, aumentou.