Reestruturação na Nissan pode atingir mais de 10 mil empregados, diz mídia japonesa

A montadora japonesa Nissan Motor planeja demitir mais de 10 mil funcionários em suas operações globais, elevando o total de cortes de pessoal para aproximadamente 20 mil, o que representa cerca de 15% de sua força de trabalho. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12) pela emissora pública japonesa NHK.

O anúncio oficial da reestruturação deve ocorrer na terça-feira, juntamente com a divulgação dos resultados financeiros do ano comercial encerrado em março. No mês anterior, a Nissan já havia emitido um alerta sobre a expectativa de registrar um prejuízo líquido recorde, estimado entre 700 bilhões e 750 bilhões de ienes (US$ 4,74 bilhões a US$ 5,08 bilhões), devido a encargos diversos.

O novo presidente-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu o cargo no mês passado substituindo Makoto Uchida, está liderando uma reestruturação abrangente das operações da companhia e já havia sinalizado a possibilidade de medidas adicionais para otimizar a estrutura da empresa.

Em novembro do ano passado, a Nissan, que contava com mais de 133 mil colaboradores em março de 2024, já havia anunciado um plano de corte de 9 mil empregos e uma redução de 20% em sua capacidade de produção global.

A estratégia de reestruturação também inclui o fechamento de uma fábrica na Tailândia até junho e o encerramento de mais duas unidades fabris, cujas localizações não foram especificadas.

Na sexta-feira, a empresa também comunicou a decisão de abandonar um projeto de construção de uma fábrica de baterias para veículos elétricos na ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão, um investimento de US$ 1,1 bilhão que contaria com subsídios governamentais.

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