Após o anúncio de um aumento de capital no valor de R$ 1,5 bilhão no domingo, dia 28, os investidores do MAGALU (MGLU3) testemunharam uma alta nas ações da empresa, que chegaram a atingir R$ 2,13 no início da tarde.
Esse aumento de capital contará com dinheiro da família Trajano, controladora da rede de varejo, e a participação do BTG Pactual. O BTG Pactual assumiu o compromisso de adquirir R$ 250 milhões em ações e desempenhará um papel significativo como financiador na parcela dos recursos que a família contribuirá.
Em entrevista para Lílian Cunha do UOL, André Vasconcellos, vice-presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, comentou sobre os reflexos dessa ação no mercado financeiro. “Um aumento de capital liderado pelo acionista controlador pode enviar varias sinalizações ao mercado, incluindo confiança na empresa em em seu potencial de crescimento futuro”.
Esse aumento de capital, também significa um aumento da família Trajano na participação da empresa. André alertou sobre esse fato: “Um aumento significativo de capital liderado pelo acionista controlador pode resultar em diluição para acionistas existentes, caso novas ações sejam emitidas a um preço inferior ao valor de mercado. Isso pode gerar preocupações sobre a diluição do valor por ação e o impacto nos retorno dos acionistas existentes”, conclui.
O aumento de capital com o suporte da família deverá reduzir a volatilidade nas ações do Magalu. As posições vendidas no papel correspondem a 13% do free float, o que equivale a quase 3 dias de negociação. Atualmente, a ação tem um volume médio diário de R$ 350 milhões. O valor de mercado do Magalu na Bolsa é de R$ 14 bilhões.
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