O mercado de renda fixa brasileiro apresentou resultados expressivos em 2024, impulsionado pela alta da taxa Selic e pela busca por investimentos seguros em meio à incerteza econômica. De acordo com dados da ANBIMA, a captação no mercado de capitais atingiu o valor recorde de R$ 677,3 bilhões de janeiro a novembro, superando em 44,8% o total de 2023 e todos os anos anteriores.
As debêntures lideraram as emissões, com R$ 405,5 bilhões entre janeiro e novembro, com recursos destinados principalmente para infraestrutura (26,1%), gestão ordinária (24,5%) e pagamento de dívidas (24,4%). Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) alcançaram R$ 52,7 bilhões, enquanto os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 36,6 bilhões. FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) captaram R$ 64,4 bilhões, um recorde para o período.
A expectativa do PeerBR, plataforma de investimento em crédito privado, é de que a renda fixa continue a se destacar em 2025. “O cenário global incerto e as pressões fiscais no Brasil devem manter a procura por ativos de menor risco e maior previsibilidade”, afirma Marcos Barros, CEO do PeerBR.
O crescimento do mercado de renda fixa beneficiou empresas como o PeerBR, que atua como plataforma de investimentos em crédito privado. Com mais de 110 mil usuários cadastrados e mais de 400 mil transações realizadas nos últimos cinco anos, a plataforma acumula mais de R$ 325 milhões em emissões, beneficiando quase mil pequenas e médias empresas (PMEs) que, pela primeira vez, tiveram acesso facilitado ao mercado de capitais. O PeerBR se consolidou como uma das principais plataformas de crédito privado no Brasil, oferecendo via crowdfunding acesso a oportunidades de investimento antes restritas a investidores institucionais.
“Historicamente, aumentos na Selic incentivam a migração de capitais para a renda fixa”, observa Barros. “Empresas e investidores buscam proteção e estabilidade em momentos de volatilidade, e a renda fixa oferece justamente isso.”