O presidente russo Vladimir Putin visitou a Coreia do Norte mês passado, em junho. Foi sua primeira visita em 24 anos ao país, que tem se tornado um de seus maiores aliados no cenário geopolítico mundial. O encontro com Kim Jong-un, que vai durar dois dias, acontece em meio a um estreitamento de laços entre Moscou e Pyongyang.
O líder norte-coreano Kim Jong Un estendeu um convite a Putin durante uma visita ao Extremo Oriente da Rússia em setembro de 2023. A última visita de Putin à Coreia do Norte foi em julho de 2000.
Yuri Ushakov, assessor de política externa do presidente russo Vladimir Putin, revelou que Rússia e Coreia do Norte poderiam ter assinado um acordo de parceria durante a visita, que abrangerá questões de segurança. Ushakov explicou que o acordo não terá como alvo nenhum outro país, mas “estabelecerá as bases para uma cooperação futura, considerando os desenvolvimentos recentes entre nossas nações em áreas como política internacional, economia e segurança.”
A delegação russa contará com a presença do Ministro da Defesa, Andrei Belousov, do Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e do Vice-Primeiro-Ministro, Alexander Novak, responsável pela energia.
Após sua visita à Coreia do Norte, Putin seguiu para o Vietnã nos dias 19 e 20 de junho, conforme informado pelo Kremlin.
E os Estados Unidos
Washington alega que a Coreia do Norte forneceu armas à Rússia para apoiar suas operações na Ucrânia, uma afirmação que tanto Pyongyang quanto Moscou têm rejeitado repetidamente.
Na segunda-feira (17), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, reiterou as acusações, afirmando que a Coreia do Norte enviou “dezenas de mísseis balísticos e mais de 11.000 contêineres de munição para a Rússia” para serem usados na Ucrânia. Miller mencionou que os Estados Unidos observaram Putin se tornando “incrivelmente desesperado nos últimos meses” e buscando assistência do Irã e da Coreia do Norte para compensar a perda de equipamentos no campo de batalha. “Estou bastante certo de que é isso que ele está fazendo,” declarou Miller.
O Vice-Secretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell, expressou na semana passada sua preocupação sobre o que a Rússia poderia oferecer à Coreia do Norte em troca desse apoio.