A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) aprovou nesta segunda-feira (1º) o primeiro reajuste tarifário da Sabesp após a privatização da companhia. O aumento será de 6,11% e entra em vigor já no dia 1º de janeiro de 2026.
O percentual de 6,11% equivale à correção da inflação acumulada nos últimos 16 meses, período de referência adotado desde que a Sabesp passou para o controle da iniciativa privada.
Para o consumidor, o reajuste significa que o custo de mil litros de água para uma conta residencial que consome entre 11m³ e 20m³ passará de R$ 6,01 para R$ 6,40 por m³.
A gestão estadual, responsável pela privatização, afirmou que o aumento de 6,11% ficou 15% abaixo do índice de referência. Esta é a primeira aplicação da nova metodologia de cálculo tarifário pós-privatização.
O reajuste ocorre em um contexto de declarações anteriores do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Antes de o processo de privatização ser concluído, o governador havia assegurado que a tarifa da companhia não aumentaria para a população.
Posteriormente, durante a discussão da privatização, Tarcísio de Freitas explicou que a cobrança não sofreria aumentos acima de um índice de referência projetado em contrato. Este índice simula a evolução da tarifa da Sabesp caso ela tivesse permanecido como uma empresa estatal, visando um balizador para os novos valores.
O governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a privatização da Sabesp com base em argumentos centrados principalmente na universalização dos serviços de saneamento básico e na necessidade de grandes investimentos. O governo alega que a venda do controle acionário é a forma mais eficaz para garantir o volume de recursos necessário para cumprir as metas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que exige a universalização (99% de água potável e 90% de coleta e tratamento de esgoto) até 2033.
Outro ponto levantado é que a gestão privada seria mais profissional e menos suscetível a mudanças abruptas de orientação estratégica a cada troca de governo. Isso daria maior previsibilidade para o planejamento estratégico de longo prazo do saneamento, que exige obras de ciclo longo.








