A Salesforce (CRM.N), provedora de software em nuvem, revelou nesta segunda-feira um plano de investimento de US$ 15 bilhões em São Francisco ao longo dos próximos cinco anos. O objetivo principal é acelerar a adoção da Inteligência Artificial (IA) em sua plataforma, enquanto a empresa busca fortalecer sua vantagem competitiva frente a gigantes do setor como Microsoft, Oracle e ServiceNow.
Fundada e sediada em São Francisco desde 1999, a Salesforce tem integrado a tecnologia de IA em seus diversos produtos, incluindo a popular plataforma de mensagens corporativas Slack.
O investimento bilionário anunciado será destinado a apoiar um novo centro de incubação de IA no campus da empresa em São Francisco e a auxiliar outras companhias na implementação de “agentes de IA”, que são capazes de executar tarefas de forma autônoma em nome dos usuários.
O CEO da Salesforce, Marc Benioff, enfatizou o compromisso com a cidade natal, destacando que “Este investimento de US$ 15 bilhões reflete nosso profundo comprometimento com nossa cidade natal — promovendo a inovação em IA, criando empregos e ajudando empresas e nossas comunidades a prosperar”. O anúncio ocorre estrategicamente antes da conferência anual Dreamforce da empresa, que acontecerá entre 14 e 16 de outubro em São Francisco. A conferência é um evento de grande porte, com previsão de atrair quase 50.000 participantes e gerar uma receita local estimada em US$ 130 milhões.
Esta é a segunda grande iniciativa de investimento global da Salesforce em um curto período, após a empresa ter anunciado na semana passada planos para injetar US$ 1 bilhão no México nos próximos cinco anos.
Além disso, a companhia lançou globalmente sua plataforma de IA, denominada “Agentforce 360”, no mesmo dia do anúncio. No mercado de ações, os papéis da Salesforce subiram quase 1% no pregão da manhã, apesar de acumularem uma queda de cerca de 28% no ano. Em setembro, a empresa havia projetado uma receita para o terceiro trimestre abaixo das estimativas de Wall Street e anunciado um aumento de US$ 20 bilhões em seu programa de recompra de ações.