O Santander Brasil reportou um lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), superando a média das projeções de analistas compiladas pela LSEG, que indicava um lucro de R$ 3,71 bilhões. O resultado representa um crescimento robusto de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (3T24) e uma alta de 9,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (2T25).
O lucro líquido contábil também seguiu a tendência de alta, somando R$ 3,944 bilhões no 3T25. Esse valor representa uma elevação de 11,2% na base anual e de 9,8% no comparativo trimestral. Em consequência, o Retorno sobre Patrimônio Líquido Anualizado (ROAE) avançou para 17,5%, com alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) na base anual e 1,2 p.p. na base trimestral.
A receita total do banco atingiu R$ 20,760 bilhões no 3T25, com um crescimento discreto de 1,0% na comparação anual e 0,8% na trimestral. Contudo, a margem financeira bruta, importante indicador de rentabilidade, ficou em R$ 15,2 bilhões, registrando ligeiros recuos de 0,1% na base anual e 1,2% na trimestral. O banco explicou que a margem foi negativamente afetada pela sensibilidade ao aumento da taxa de juros, mas o impacto foi parcialmente compensado pelo maior número de dias úteis, bem como pela melhoria do mix e disciplina de preços na margem de clientes.
Apesar do lucro crescente, as provisões para devedores duvidosos (PDD) apresentaram um salto significativo. O resultado de PDD totalizou R$ 6,524 bilhões no trimestre, um avanço de 10,9% em relação ao 3T24. O Santander atribuiu este aumento ao cenário de juros altos, que tende a elevar o endividamento das famílias e, consequentemente, o volume de pedidos de recuperação judicial. Além disso, o banco mencionou que a comparação anual foi impactada pelas mudanças no modelo de provisionamento trazidas pela Resolução CMN nº 4.966/21, adotadas a partir de 2025.
Em termos de operação, a carteira de crédito ampliada totalizou R$ 688,8 bilhões no 3T25, crescendo 3,8% na base anual e 2% na trimestral. As despesas gerais, por sua vez, somaram R$ 6,4 bilhões, com uma redução de 0,5% na comparação anual, mas uma leve elevação de 0,2% em relação ao segundo trimestre. Já os ativos totais do banco atingiram R$ 1,253,9 trilhões ao final de setembro de 2025, representando uma diminuição de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2024.









