O setor de serviços brasileiro apresentou crescimento em março, marcando uma recuperação e encerrando o primeiro trimestre com resultados melhores do que o esperado, o que indica uma resiliência da atividade econômica.
Em março, o volume de serviços registrou uma expansão de 0,4% em relação ao mês anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
Este resultado positivo representa o segundo mês consecutivo de crescimento após uma alta de 0,5% em janeiro e uma queda de 0,9% em fevereiro, superando as expectativas da pesquisa da Reuters, que projetava um crescimento de 0,2%.
Com isso, o volume de serviços ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e apenas 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o volume de serviços apresentou uma queda de 2,3%, ligeiramente abaixo das expectativas de uma retração de 2,2%. O setor de serviços encerrou 2023 e começou o ano atual com resultados positivos, evidenciando um cenário favorável ao consumo, com inflação controlada e mercado de trabalho aquecido. Esses indicadores apontam para um momento positivo da atividade econômica brasileira.
A redução das taxas de juros também pode contribuir positivamente, embora a taxa básica Selic ainda permaneça em um nível elevado de 10,5%. No entanto, não se pode descartar uma possível desaceleração do setor de serviços este ano, acompanhando a acomodação da atividade econômica.
Os dados do IBGE revelam que em março, quatro das cinco atividades pesquisadas registraram avanços no volume. O destaque foi o crescimento de 4,0% no setor de informação e comunicação, revertendo a perda de 2,5% registrada em fevereiro.
Esse resultado representa o crescimento mais significativo para essa atividade desde janeiro de 2017, atingindo ainda o patamar mais alto da série histórica.