Setor industrial brasileiro ainda é predominantemente masculino

Apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil são mulheres, aponta pesquisa

Divulgação

O mês da mulher chegou, marcado pela celebação do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Tendo origem nas lutas das mulheres no início do século XX por melhores condições de trabalho, direito ao voto e igualdade de gênero.

Com o passar dos anos, a busca pela equidade persiste, de acordo com um estudo divulgado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres em 2024, as mulheres ganham 19,4% a menos que os homens no Brasil, sendo que a diferença varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de remuneração chega a 25,2%. 

“No mercado de trabalho, muitas mulheres ainda enfrentam desafios relacionados à desigualdade de gênero, o que pode limitar suas oportunidades de crescimento profissional. Isso é visível especialmente em setores onde a presença masculina é mais forte, como na indústria, o que torna mais difícil para elas alcançarem posições de liderança”, comenta Giordania Tavares, CEO da Rayflex, líder nacional na fabricação de portas rápidas industriais no Brasil e América Latina. 

Criada em 1988, a Rayflex é líder do mercado brasileiro de portas industriais com fabricação nacional. Atua em todos os estados do Brasil e na América Latina nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, automobilísticas, metalúrgicas, no agronegócio, além de galpões e centros logísticos de distribuição

No cenário industrial brasileiro, ainda existe uma grande ausência feminina. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB de 2023, apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil são ocupados por mulheres. Giordania, que sempre acompanhou de perto a empresa fundada pelo pai, afirma que costuma ser a única líder feminina entre os seus competidores diretos. 

“Na adolescência, iniciei minha trajetória na área administrativa da empresa e, com o tempo, consegui conquistar meu lugar na diretoria. Embora eu não tenha enfrentado obstáculos dentro da Rayflex por ser mulher, percebo que, fora dela, a realidade para muitas mulheres é diferente. Às vezes, o posicionamento feminino encontra resistência, no entanto, acredito que, por meio do diálogo, podemos ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de respeitar as diferenças e promover um ambiente mais igualitário e saudável”, revela. 

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