A varejista de fast fashion Shein está avaliando solicitar aos reguladores do Reino Unido uma dispensa da regra que exige que, no mínimo, 10% das ações de uma empresa sejam disponibilizadas ao público durante uma oferta pública inicial (IPO). A medida seria aplicada à sua listagem planejada em Londres, segundas fontes próximas ao assunto.
Essa possibilidade está sendo considerada para simplificar o processo do IPO, de acordo com uma das fontes. Caso a dispensa seja aprovada, será a primeira vez que uma empresa conseguirá uma listagem em Londres com menos de 10% de ações oferecidas ao público desde a implementação da regra.
A Shein foi avaliada em US$ 66 bilhões em uma rodada de captação de recursos realizada no ano passado. Se a empresa optar por uma flutuação de 10% dessa avaliação, o valor do seu IPO seria de aproximadamente US$ 6,6 bilhões.
O maior IPO europeu deste ano foi da empresa de perfumes e moda Puig, que arrecadou US$ 2,9 bilhões, de acordo com a Dealogic. A avaliação atual da Shein e o montante que a empresa pretende levantar com a sua listagem em Londres ainda não foram divulgados.
Em 2021, Londres revisou suas regras de listagem para tornar o mercado mais atraente para empresas, reduzindo a exigência de ações a serem flutuadas de 25% para 10%. A mudança foi feita para diminuir as barreiras potenciais para grandes IPOs, conforme explicado pela Autoridade de Conduta Financeira (FCA) na época.
A Shein também está esperando que o regulador de valores mobiliários da China aprove seus planos para um IPO em Londres, informou a Reuters anteriormente. Espera-se que suas receitas atinjam US$ 50 bilhões este ano, um aumento de 55% em relação a 2023, de acordo com a Coresight Research.
*Com informações da Reuters