Os planos do varejista de fast fashion Shein de abrir capital na Bolsa de Londres estão sendo contestados por um grupo ativista contra o trabalho proposto na China. Na segunda-feira (3), a organização Stop Uigur Genocide anunciou que solicitará uma revisão judicial do caso de IPO à Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA, na sigla em inglês) para aprovar uma listagem.
O grupo alega que a cadeia de suprimentos da Shein na China inclui algodão produzido por trabalho forçado. A iniciativa pode aumentar a pressão sobre a FCA, embora tenha um alto grau de dificuldade para ser bem sucedida.
A varejista online pretende se listar em Londres no primeiro semestre deste ano se obtiver aprovações regulatórias, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto no mês passado.
Em um desafio semelhante a um IPO em 2023, o grupo de direito ambiental ClientEarth solicitou uma revisão judicial depois que a FCA aprovou a listagem da produtora de petróleo Ithaca Energy, mas a Suprema Corte negou o pedido.
Em evidência por escrito para os parlamentares do Reino Unido, a Shein disse que só permite algodão de regiões aprovadas, que não incluem a China, para seus produtos vendidos nos EUA, seu maior mercado, como parte da conformidade com a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado uigur (UFLPA) dos EUA, que proíbe a importação de produtos fabricados em Xinjiang ou fabricados por empresas proibidas designadas.