A Sony Corporation está cogitando rescindir o acordo de fusão de sua unidade indiana com a Zee Entertainment, encerrando uma estratégia que almejava criar uma gigante de mídia avaliada em impressionantes US$ 10 bilhões. A negociação, que teve início em 2021, agora enfrenta uma reviravolta significativa devido a uma disputa de liderança e questões regulatórias.
A Sony manifestou a intenção de cancelar o acordo devido a um impasse sobre a liderança da futura entidade combinada. O CEO da Zee Entertainment, Punit Goenka, inicialmente destinado a liderar a nova empresa, agora enfrenta resistência por parte da Sony, que prefere uma mudança na liderança em meio a uma investigação regulatória em andamento.
A Sony planeja formalizar o cancelamento antes do prazo final de 20 de janeiro, alegando não cumprimento de certas condições essenciais necessárias para a fusão. As negociações estão em andamento, e uma resolução pode surgir nos próximos dias.
O desenrolar desfavorável do acordo não apenas deixa a Zee vulnerável a potenciais inadimplências, mas também ocorre em um momento crucial em que Mukesh Ambani, bilionário indiano, está buscando fortalecer as ambições de mídia da Reliance Industries, negociando uma fusão com a unidade da Walt Disney na Índia.
O fracasso iminente da fusão Sony-Zee, atribuído principalmente à disputa de liderança na fase final, impactará a posição competitiva da Zee e acarretará repercussões no setor de mídia indiano.
A Zee Entertainment havia solicitado uma extensão do prazo de fechamento da transação em dezembro de 2023, enquanto a Sony expressava a necessidade de propostas claras para as condições críticas pendentes.
A Securities and Exchange Board of India (SEBI) acusou anteriormente a Zee de falsificar a recuperação de empréstimos, alegações que complicaram ainda mais a situação. O impasse na liderança, juntamente com a investigação regulatória, coloca em xeque a conclusão bem-sucedida dessa fusão que visava criar uma potência de mídia na Índia e competir com players globais como Netflix e Amazon, além de gigantes locais como a Reliance.
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