A Starbucks anunciou nesta terça-feira (13) Brian Niccol como seu novo CEO, em meio a uma reformulação da gestão enquanto enfrenta pressões do investidor ativista Elliott Investment Management. Niccol deixará a posição de Chairman e CEO da Chipotle. Desde que se tornou CEO em 2018, a receita quase dobrou, os lucros aumentaram quase sete vezes e o preço das ações aumentou em quase 800% durante sua liderança.
Niccol substituirá Laxman Narasimhan, que assumiu oficialmente como CEO da Starbucks em abril do ano passado, vindo da fabricante de Lysol, Reckitt. A mudança marca o início de uma nova fase para a empresa, com o objetivo de empreender uma “reinvenção” da maior rede de cafés do mundo.
Apesar das mudanças na liderança, as ações da Starbucks enfrentaram dificuldades nos últimos cinco anos, perdendo cerca de 20% de seu valor, enquanto o amplo mercado S&P 500 subiu mais de 80%. Em julho, a empresa não atingiu as expectativas de vendas devido ao enfraquecimento da demanda nos Estados Unidos e na China.
No entanto, as ações da Starbucks subiram 21% no início do pregão de terça-feira, caminhando para seu melhor dia de todos os tempos, recuperando todas as perdas do ano. Por outro lado, as ações da Chipotle caíram 9%.
A Elliott Investment Management, que possui uma participação significativa na Starbucks, tem pressionado a empresa a melhorar seu desempenho e o preço das ações. Afirmou-se que Elliott propôs a expansão do conselho da Starbucks e melhorias na governança corporativa como parte de um esforço para permitir que Laxman Narasimhan mantenha seu cargo como CEO.
Em maio, dias após a Starbucks cortar sua previsão anual de vendas, o ex-CEO Howard Schultz escreveu em sua conta no LinkedIn que suas operações nos EUA foram a “principal razão para sua queda em desgraça” e que os líderes seniores precisam passar mais tempo com os trabalhadores.
Brian Niccol assume o cargo de CEO da Starbucks enfrentando vários desafios significativos. Recentemente, a Starbucks ajustou seu modelo de negócios para se concentrar em pedidos de retirada e entrega móvel, em vez de promover visitas prolongadas às lojas. Na China, a empresa enfrenta forte concorrência de rivais que oferecem preços mais baixos para o café. Além disso, os cafés da Starbucks no Oriente Médio foram alvo de boicotes pró-palestinos devido ao conflito entre Israel e Hamas.
*Com informações da Reuters