A BIOSAB, startup incubada no SUPERA Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, teve seu projeto aprovado na Fase 2 do Programa PIPE/FAPESP, um dos principais programas de fomento à pesquisa aplicada no Brasil.
O projeto, intitulado “Otimização de um método de produção e secagem de leveduras cervejeiras”, liderado pela Dra. Paula Fagundes Gouvea Bizzi, recebeu R$ 1,5 milhão em investimentos para o desenvolvimento de tecnologias nacionais voltadas ao setor de biotecnologia e bebidas.
A pesquisa propõe um avanço inédito na substituição de leveduras importadas por alternativas 100% nacionais, com qualidade, desempenho e custo competitivo, representando um passo concreto rumo à autonomia das matérias-primas do setor — movimento que já começou com o malte, vem crescendo com o lúpulo e agora se expande às leveduras.
Para Sabrina Ciane, fundadora da BIOSAB, a aprovação consolida um novo patamar para a empresa e para a biotecnologia brasileira.“Essa aprovação consolida a busca da BIOSAB por liderar e se tornar referência em biotecnologia aplicada à fermentação alcoólica no Brasil. Também representa o reconhecimento de que nossa tecnologia tem potencial real de impacto na indústria nacional e reforça nossa missão de desenvolver soluções brasileiras que fortaleçam o mercado cervejeiro com tecnologias acessíveis.”
Com o avanço do projeto, a BIOSAB se posiciona estrategicamente no cenário nacional, unindo ciência e aplicação industrial. A empresa, que atua no desenvolvimento de insumos biotecnológicos para a indústria de bebidas, transforma conhecimento em tecnologia genuinamente brasileira, fortalecendo a soberania tecnológica e a competitividade do país no setor.
Segundo projeções da Grand Review Research, o mercado brasileiro de leveduras cervejeiras deve movimentar US$213,9 milhões até 2030, consolidando-se como um dos segmentos de maior crescimento dentro da biotecnologia aplicada. Esse cenário reforça a importância de ecossistemas de inovação como o SUPERA Parque, que conectam startups, universidades e centros de pesquisa.
“O SUPERA Parque é um exemplo de como a integração entre ciência, empreendedorismo e suporte técnico pode gerar inovação real. Replicar esse modelo em outras regiões é essencial para descentralizar a biotecnologia e fortalecer a soberania tecnológica do país”, afirma Sabrina.
A trajetória da BIOSAB é também um reflexo do ambiente de desenvolvimento oferecido pelo SUPERA Parque, que disponibiliza infraestrutura, mentoria e suporte técnico a empresas de base científica. O ecossistema tem sido determinante para que startups como a BIOSAB amadureçam, alcancem o mercado e elevem o nível da biotecnologia nacional.
“O Brasil tem potencial para ser protagonista global em biotecnologia. Somos ricos em matéria-prima e biodiversidade, e aqui na BIOSAB trabalhamos todos os dias para transformar esse potencial em tecnologia genuinamente nacional”, conclui Sabrina.
A aprovação na Fase 2 do PIPE/FAPESP representa mais do que um marco para a BIOSAB: é um indicativo da maturidade da biotecnologia brasileira e do papel do SUPERA Parque como propulsor de projetos que unem ciência, indústria e desenvolvimento sustentável.
