A Mazô Maná foi eleita Startup do Ano na categoria ESG no programa Future Builders, promovido pela ACE Ventures, durante o ACE Summit 2025. Criada em 2022, em Altamira (PA), com a missão de nutrir o mundo a partir da abundância e da sabedoria da floresta, a empresa combina múltiplos ingredientes amazônicos num supershake e atua em parceria com comunidades tradicionais e povos originários da região do Terra do Meio, no Xingu.
Para Zé Porto, co-CEO da empresa, o reconhecimento valida um modelo de negócio que rompe com a lógica tradicional das startups, colocando a floresta no centro da solução.
“A Mazô Maná nasce a partir de uma necessidade da floresta e constrói um modelo múltiplo em torno disso para gerar impacto. Esse prêmio mostra que é possível pensar em inovação para além do ganho financeiro, colocando a floresta no centro da solução”, afirmou.
Zé também ressaltou que a essência da Mazô Maná está diretamente conectada aos princípios ESG, não como uma estratégia paralela, mas como parte da própria estrutura do negócio. Segundo o empresário, essa abordagem tem se refletido em impactos concretos, como a criação de mecanismos de remuneração para povos da floresta e a valorização de ingredientes amazônicos junto a grandes empresas.
“Não tratamos ESG como um capítulo à parte, ele está na concepção da Mazô Maná. Toda a governança é construída com transparência e inclusão das comunidades, e isso gera impactos reais, desde mecanismos que remuneram serviços socioambientais até o incentivo para que grandes empresas reconheçam o valor dos ingredientes da Amazônia”, pontuou.
Já a Mahta, foodtech que atua na área da suplementação alimentar e atualmente opera com 5 produtos, conquistou a medalha de ouro no Startup Innovation Awards – promovido pelo Food Ingredients South America – na categoria Inovação em Saudabilidade, com o produto Mahta Shake de Superfoods (sabor açaí e camu-camu).
O blend reúne 14 ingredientes, incluindo sete frutas amazônicas liofilizadas, a torta de castanha-do-Brasil como fonte proteica e a polpa de cupuaçu agroflorestal desenvolvida em parceria com a Cooperativa RECA, em Rondônia. Para Larissa Bueno, gerente de inovação da startup, a premiação reforça o papel da biodiversidade amazônica como motor de inovação em alimentos.
“Sabemos que uma das melhores formas de preservar a biodiversidade é fazendo o uso sustentável dela. Para a Mahta, a inovação é uma ferramenta-chave para viabilizar a ampla aplicação da biodiversidade amazônica e o desenvolvimento de suas cadeias de valor. No entanto, esse uso deve ser realizado segundo os princípios que regulamentam o acesso à biodiversidade e a partir de um olhar sistêmico que envolve a tecnologia nutricional, a justiça social e práticas regenerativas do uso da terra”, destacou.
A premiação é uma das mais tradicionais do segmento de alimentos e bebidas e historicamente reconhece empresas e produtos que unem ciência e funcionalidade. Em 2023, a Mahta ganhou o prêmio de 1º e 2º lugar na categoria ‘Produto mais Inovador’, com os produtos Superfoods Shake – sabor cacau e Mahta Coffee – sabor Original, respectivamente. Em 2024 o primeiro lugar do prêmio ficou com a bebida em pó de castanha-do-brasil da Mahta, na categoria ‘Produto mais Inovador’.
Mais uma vez ser finalista na premiação coloca a startup em destaque nacional, reforçando o compromisso com um futuro mais saudável, justo e conectado à comunidade que acredita no potencial da floresta amazônica.
A ForestiFi, fintech que tokeniza ativos das cadeias de manejo sustentáveis da Amazônia, foi selecionada no Demoday promovido pelo Hub de Inovação Climática, em São Paulo. A startup recebeu aporte na ordem de R$ 45 mil para ampliar sua plataforma de investimentos, além de passagens e hospedagens para que os representantes da empresa participem da COP 30, em Belém.
Segundo Macaulay Abreu, co-fundador da ForestiFi, o aporte representa mais do que um incentivo financeiro, abrindo espaço para conexões estratégicas em nível global, especialmente no contexto da próxima COP.
“O recurso acaba sendo algo incremental. Nosso foco principal será nos preparar para a agenda que vai ser construída na COP junto com os organizadores e patrocinadores do programa. A expectativa é ampliar conexões estratégicas, desenvolver novos instrumentos de captação e dar continuidade ao aperfeiçoamento do que já estamos realizando”, explicou.
Para ele, o reconhecimento no evento também reforça a consistência do trabalho desenvolvido pela empresa na região amazônica. A Startup tokeniza ativos naturais viablockchain, gerando rastreabilidade e renda para agricultores e extrativistas, ao mesmo tempo em que conecta projetos locais a investidores interessados em impacto socioambiental.
“Havia vários negócios de alto nível concorrendo, mas acreditamos que a adesão e o modelo que estamos desenvolvendo foram diferenciais para esse destaque. Isso comprova que nosso trabalho é pioneiro na região e que os resultados obtidos têm sido significativos, reconhecidos tanto por parceiros quanto por organizações beneficiadas e investidores”, completou o co-fundador.
O ACE Summit e o Food Ingredients South America são eventos de referência em seus segmentos, valorizando iniciativas que incorporam critérios socioambientais, como é o caso da categoria ESG — do inglês Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) —, utilizada para avaliar empresas que integram em sua atuação virtudes como sustentabilidade, responsabilidade social e transparência na gestão. Já o Hub de Inovação Climática é uma iniciativa que apoia negócios voltados à adaptação e mitigação dos efeitos negativos das mudanças climáticas.