Mais da metade dos universitários brasileiros pensam em empreender. Neste contexto, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pode ser o primeiro passo para ter o seu próprio negócio. Foi o caso de Manuela Frederigue e Maria Eduarda Moura, ex-estudantes da ESPM,escola de negócios, comunicação e marketing, que se tornaram empreendedoras ao se formarem.
A facilidade do mundo digital ajudou a despertar o interesse das jovens. A Gema Network, criada por Manuela Frederigue, ajuda marcas, influenciadores e empresas a se destacarem e terem voz no universo das redes sociais. A empresa é sinônimo de criatividade, design, storytelling e inovação.“Ajudamos a criar um storytelling digital relevante e que se destaque no meio de tanta coisa que vemos na internet. O objetivo é fazer as pessoas prestarem atenção em você”, diz Frederigue.
Além de criar uma empresa do zero e ter criatividade para construir a identidade da marca, gerir a empresa também requer bastante profissionalismo, e Manuela acredita que esse foi o maior desafio. “Estratégia, planejamento, pensar nos designs são coisas naturais e que já temos o feeling, mas a dificuldade mesmo é gerir a empresa, como atrair clientes, como manter eles, como criar processo, como cobrar, quanto que vale os serviços, o maior desafio mesmo está sendo empreender”, afirma.
Segundo Manuela, o apoio da ESPM e dos profissionais da instituição foram fundamentais para a criação da Gema. “A ESPM deu muito fundamento e base para estruturarmos nossa empresa e também contatos, já que é um lugar onde tem muitos profissionais bons e a gente acaba se apoiando e se ajudando ali”, diz.
A startup HUNT, de Maria Eduarda Moura, uma das sócias, é uma empresa de second-hand de luxo, mercado que começou a evoluir há poucos anos no Brasil, e ajuda os navegadores da internet a acharem produtos com preço acessível e de forma sustentável.
Estimular o consumo consciente e mais responsável é o principal objetivo da HUNT, além de mostrar às pessoas que consumir peças no second hand é vantajoso e impacta positivamente o meio ambiente.
Maria Eduarda acredita que um dos maiores desafios encontrados por ela e suas sócias durante a jornada foi o tabu criado em cima da ideia de usar peças “usadas”. “No Brasil, o preconceito em relação ao consumo de produtos second-hand ainda é bem considerável em comparação com o resto do mundo. Tradicionalmente, algumas pessoas possuem ressalvas em relação à compra de itens de segunda mão, associando-os a qualidade inferior, falta de higiene ou status social mais baixo”, diz.
A jovem empreendedora conta que a ESPM foi fundamental para que ela tivesse a capacidade de criar sua própria empresa. “ A criação da HUNT como parte do nosso trabalho de conclusão de curso só foi possível graças ao apoio e orientação excepcionais oferecidos pelos professores da instituição. Mesmo após a formatura, ainda contamos com os conselhos e apoio de alguns que se disponibilizaram para dar continuidade ao projeto”, diz.
De acordo com uma pesquisa da Fala!Universidades, startup brasileira especializada em universitários, 77% dos universitários entrevistados responderam que já pensaram em empreender e 35% ainda pretendem empreender durante o período da faculdade.