A nova estimativa de produção de algodão brasileiro na safra 2025/26, aponta para uma redução de 11% na comparação com o ano anterior de acordo com a StoneX, empresa global de serviços financeiros. Com isso, espera-se que o Brasil colha 3,7 milhões de toneladas de pluma no ano que vem, cerca de 1% a menos do que era esperado na estimado no levantamento anterior.
A diminuição está diretamente ligada à reavaliação da área plantada, especialmente no estado da Bahia, que deve semear 393 mil hectares, 5% a menos do que na safra 2024/25. De acordo com Raphael Bulascoschi, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a queda reflete a frustração das expectativas de rentabilidade, motivada pelos preços baixos no mercado global, que tornam a cultura menos atrativa para os produtores.
No Mato Grosso, a estimativa permanece em 1,42 milhão de hectares – queda de 90 mil hectares no comparativo anual – mas o cenário ainda apresenta incertezas. A possibilidade de atraso na semeadura da soja, causada por chuvas irregulares, pode impactar o plantio do algodão de segunda safra no início de 2026.
Rondônia (RO) apresenta a maior queda relativa na produção, com retração anual de 13,2%, totalizando 11,3 mil toneladas. No Nordeste, a maioria dos estados registra forte redução, caso de Piauí (-30,7%), Ceará (-75,2%), Rio Grande do Norte (-52,8%) e Paraíba (-73,8%).
A produtividade média nacional também sofreu ajuste, passando de 1,82 tonelada por hectare em outubro para 1,82 t/ha em novembro, sinalizando estabilidade, mas permanecendo inferior ao desempenho observado na temporada 2024/25.
Apesar da redução na produção, as exportações brasileiras seguem robustas. Na reta final da safra 2024/25, os embarques devem atingir 3 milhões de toneladas, conforme estimativas anteriores. Para o próximo ano, mesmo com menor oferta, o Brasil deve manter sua posição como principal fornecedor global de algodão.
A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado.








