A demanda crescente por alimentos, impulsionada pelo aumento da população global, representa um desafio significativo para a produção alimentícia mundial. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), até 2050, será necessário um aumento de 60% na produção alimentícia global para atender às necessidades de mais de 9.7 bilhões de pessoas. Nesse contexto desafiador, a implementação de práticas sustentáveis tornou-se fundamental para garantir o crescimento econômico duradouro sem prejudicar o meio-ambiente.
Diante dessa realidade, diversas organizações têm adotado modelos de performance e ESG (Environmental, Social, Governance) como padrão para avaliar a viabilidade de seus negócios. O agronegócio brasileiro, inclusive, lidera o ranking mundial de práticas sustentáveis, conforme pesquisa realizada pela McKinsey. Os dados revelam que 55% dos agricultores brasileiros adotam o controle biológico em suas fazendas, superando a Europa (23%), Estados Unidos (6%), e Argentina (4%). Essa liderança coloca o Brasil em uma posição estratégica no esforço global para atender à crescente demanda por alimentos de maneira sustentável.
Universidades de prestígio tem investido em cursos voltados a sustentabilidade. A Havard Business School disponibilizou o curso de Estratégia Empresarial Sustentável, proporcionando estratégias e ferramentas para examinar o cenário ambiental, político e social de maneira mais ampla, incluindo o papel do governo, dos investidores e dos clientes.
A sustentabilidade no agronegócio implica em equilibrar as demandas presentes com a capacidade de garantir recursos e oportunidades para as futuras gerações. A relação entre agronegócio e sustentabilidade é multifacetada e se manifesta em diferentes aspectos.