Taxas futuras de juros avançam em meio à aversão global ao risco

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As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs), que servem como referência para os juros futuros no Brasil, operavam em alta nesta terça-feira, refletindo a valorização do dólar frente ao real e a cautela do mercado doméstico antes da audiência do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Senado.

O movimento no Brasil contrastava com o mercado de títulos dos Estados Unidos, onde os Treasuries voltaram a ser negociados após o feriado, exibindo queda nos rendimentos.

A demanda por ativos considerados mais seguros no exterior – como títulos do Tesouro americano, dólar e ouro – crescia, impulsionada pela renovada preocupação com o acirramento da disputa comercial entre EUA e China.

No mercado local, a taxa do DI para janeiro de 2027 marcava 14,02%, subindo em relação ao ajuste anterior de 14,008%. A taxa mais longa, para janeiro de 2035, também avançava, atingindo 13,9%, comparada ao ajuste de 13,818% da véspera.

Os investidores estavam concentrados na participação de Haddad na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a partir das 10h. O foco principal era em possíveis comentários do ministro sobre o Orçamento, especialmente após o Congresso ter arquivado a Medida Provisória 1303 na semana passada, que buscava aumentar as receitas do governo através da taxação de aplicações financeiras. O fracasso na aprovação de medidas fiscais tende a aumentar a percepção de risco fiscal, pressionando as taxas de juros para cima.

No cenário global, o rendimento do Treasury de dez anos – parâmetro crucial para decisões de investimento em todo o mundo – caía 2 pontos-base, sendo negociado a 4,026% às 9h56.

A busca por segurança no exterior, em detrimento de opções mais arriscadas como ações e títulos de países emergentes, refletia a instabilidade gerada pelos receios de uma guerra comercial plena, mesmo após o presidente Donald Trump ter adotado um tom mais suave contra a China no último fim de semana.

*Com informações da Reuters

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