A sala de espetáculos localizada no bairro do Tatuapé recebeu nos dias 02, 03, 23 e 30 do mês de setembro a peça teatral “O Futuro da Humanidade”, uma adaptação do romance psiquiátrico de Augusto Curry, o psiquiatra mais lido do mundo.
Adaptado por Ingrid Zavarezzi e Augusto Curry, dirigido por Rogério Fabiano, realizado por Luciano Cardoso, com Direção de Movimento, Cenário e Figurino por Ciro Barcelos e Direção Musical de Miguel Briamonte, a obra teatral aborda assuntos do ego humano como ansiedade, depressão e a importância da psicoterapia.
Durante a peça acompanhamos a história do jovem estudante de medicina Marco Polo, interpretado por Júlio Oliveira, que entra em crise após uma aula de anatomia e decide descobrir a história por trás daqueles cadáveres estudados. Junto de sua colega de sala e par romântico Ana, interpretada por Thay Bergamim, os estudante têm um encontro inesperado com um mendigo, filósofo e pensador que impacta diretamente a trajetória de quem o encontra.
O Falcão, personagem interpretado por Kadu Moliterno, revela a eles a vida sob outro ponto de vista. A realidade das pessoas que vivem em situação de rua, marginalizadas, excluídas e taxadas como loucas é brilhantemente encarnada nesse personagem.
Então surge uma verdadeira amizade entre Marco Polo e Falcão. O morador de rua e filósofo consegue revelar a identidade de um dos corpos mutilados nas aulas de anatomia como um ilustre cientista médico e fundador da própria universidade, que num acidente havia perdido toda a família e a partir de então deixou sua carreira e se tornou um mendigo que terminou morrendo no anonimato. A revelação constrange o atual professor só então percebe a semelhança dos traços do corpo inerte com o antigo fundador daquela universidade
Durante os desdobramentos, o espectador acompanha o desenvolvimento do Dr. Marco Polo que utiliza a força do diálogo e da psicologia, causando uma verdadeira revolução nas mentes e nos corações das inúmeras pessoas com quem convive.
Em conversa com o portal Business Moment, Kadu Moliterno comentou sobre os esforços e aprendizados na execução da obra. “Foi um tempo de preparação muito intenso. Vim do Rio de Janeiro, e a dois meses temos ensaiado por volta de 6 a 8 horas por dia.”
Perguntado sobre o texto, ele relata ter sido uma paixão logo de cara, exaltando o elenco, o ator diz que interpretar o “Falcão” é um aprendizado sem fim.
A obra ainda conta com a participação de Rodrigo Banks, que interpreta o personagem Luquinhas, Guilherme Uzeda, que interpreta o professor de Marco Polo, e Silvana França, que interpreta alguns personagens.
Ainda é possível assistir a essa grande obra teatral nos dias 7 e 8 de outubro no Teatro Fernando Torres.