Tecnologia brasileira impulsiona empresas têxteis

Pesquisa realizada mostra que é possível reduzir o consumo de água em 83% e o desperdício de tecidos em 75% no processo de lavagem

Segundo o Instituto Akatu, para produzir uma camiseta de algodão são gastos, em média 2,7 mil litros de água, o suficiente para um ser humano suprir as suas necessidades básicas por 36 dias. Dados como esse reforçam a importância da indústria têxtil buscar métodos menos exploratórios de atuação pois, além do alto consumo de água doce, o segmento também é responsável pelo descarte de 20% das águas residuais do mundo, segundo  o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambientes (PNUMA), além de ser o segundo que mais polui a atmosfera. 

De olho nesse cenário, muitas soluções desenvolvidas no Brasil para impulsionar a produção têxtil já garantem melhor aproveitamento de recursos e redução de desperdício. É o que aponta um estudo desenvolvido pela Delta Máquinas, especializada em soluções de automação dos processos industriais. A empresa acompanhou o desempenho de 30 lavadoras de amostras, usadas no processo de testagem das malhas, e constatou que é possível reduzir em 83% o consumo de água e em 75% o desperdício de tecido com uma de suas tecnologias.

No teste foram realizados 485 ciclos (considerando o total de lavadoras) por dia e percebeu-se que nos modelos tradicionais, foram gastos no total 310 quilos de matéria-prima e 29.100 litros de água. Com o modelo da Delta, esses números baixaram para 78 quilos e 2.910 litros, o que representou uma economia de 232 quilos de matéria-prima e 26.190 litros de água diariamente.

Para Fábio Kreutzfeld, CEO da Delta Máquinas, a tecnologia tem sido utilizada como uma importante aliada para a transformação da indústria têxtil. “A automação da cadeia têxtil, além de agregar produtividade, impacta de maneira significativa a indústria do ponto de vista da sustentabilidade e tivemos a comprovação a partir desse estudo. A tecnologia está cada vez mais avançada e precisamos usá-la a nosso favor e do planeta”, comenta o CEO.

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