O número de indígenas fazendo faculdade cresce a cada dia no Brasil. Em 2011, eram apenas 9.764, passando para 46.252 em 2021, um aumento de quase cinco vezes em dez anos, segundo levantamento do Instituto Semesp, que traz dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022 e 2010, além do Censo da Educação Superior do Inep.
Apesar do crescimento da presença de indígenas nas universidades e da lei de cotas criada em 2012, que assegura a reserva de vagas em instituições públicas, nem todas as comunidades conseguem ter acesso à educação superior, motivadas principalmente pela distância até os polos de ensino e pela falta de mobilidade.
Preenchendo essa lacuna e viabilizando oportunidades para o ensino universitário nas aldeias, a Educação a Distância (EAD) tem se expandido consideravelmente nos últimos anos. Um exemplo está em Guaíra, no Paraná, uma cidade com pouco mais de 33 mil habitantes e oito aldeias, abrigando cerca de 7 mil indígenas. Lá, o polo de Educação a Distância (EAD) do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV) atende alguns indígenas na graduação, principalmente da aldeia Tekoha Marangatu, onde vivem mais de 500 guaranis.
Além do projeto pedagógico, o reitor da UniCV destaca a importância da tecnologia no suporte aos cursos oferecidos na modalidade EAD. Há seis anos, a plataforma JACAD tem sido fundamental como suporte para o acesso dos alunos, professores e gestão administrativa da instituição. A solução sustenta o trabalho de 40 mil professores e atende 500 mil estudantes em 2.300 polos localizados nos 22 estados brasileiros, incluindo vários da UniCV.
A plataforma foi desenvolvida pelo Grupo SWA, que se destaca entre os cinco principais grupos desenvolvedores de softwares educacionais do Brasil. O CEO do Grupo SWA, Leandro Scalabrin, explica o sucesso. “A plataforma investe em segurança da informação, implementando medidas não apenas para atender à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas também para garantir a segurança dos negócios dos clientes. Outro diferencial é a implantação da Secretaria Digital e do Diploma Digital. A validação de documentos pessoais é feita com automação, garantindo segurança e agilidade”, destaca Scalabrin.