A profissão de piloto de drone entrou para duas listas de cargos que estão em alta neste ano. Uma delas foi divulgada pelo LinkedIn, e outra pela recrutadora Robert Half, que analisou as expectativas de contratação de seus clientes. No levantamento do LinkedIn, a divisão de mapeamento por gêneros contratados em 2023, revelou que 95% dos contratados são homens, revelando a predominância masculina na área. De acordo com o Guia Salarial da Robert Half, catálogo anual que indica as tendências profissionais e salários, o agronegócio é um setor que demanda profissionais para as mais diversas áreas, da administração tradicional a cientistas de dados.
Devido à sua recente emergência, a atividade possui uma variação salarial considerável, que pode variar de R$ 2 mil a R$ 10 mil, dependendo do nível de formação do profissional e dos valores das comissões. Além de um salário fixo, algumas empresas oferecem um valor extra por hectare pulverizado. O profissional que trabalha com drones na agricultura pode desempenhar diversas funções essenciais, como pilotar e configurar drones pulverizadores, responsáveis pela aplicação precisa de agrotóxicos, defensivos biológicos, sementes e adubos nas plantações. Além disso, esse profissional pode conduzir drones para mapeamento de lavouras, fornecendo informações detalhadas que ajudam na planificação da colheita, previsão de rendimento, identificação de perdas, pragas e doenças.
Na área de pulverização, é obrigatório que o piloto seja aprovado no Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR), oferecido por uma escola credenciada pelo Ministério da Agricultura. Durante essa formação, o piloto aprende a configurar drones e a manipular agrotóxicos de forma segura e eficaz. Este curso é essencial para garantir que o profissional tenha o conhecimento necessário para operar drones de forma responsável e dentro das regulamentações vigentes.
O mercado de trabalho para o piloto de drone agrícola é promissor, pois o Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, e o uso de drones pode trazer mais eficiência, economia e sustentabilidade para o setor. Desde 2017, o uso de aeronaves remotamente pilotadas (popularmente conhecidas como drones ou vants) foi regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e, de lá para cá, tem crescido seu uso agrícola. De acordo com o Sindicato Nacional de Aviação Agrícola, atualmente existem no Brasil em torno de 4 mil drones registrados para atividades rurais.