A Rede Nossa São Paulo lança na próxima quinta-feira (19/9), em parceria com o Ipec, a Pesquisa Viver em SP 2024: Mobilidade Urbana. O lançamento ocorrerá em evento presencial no Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc, às 11h, e contará com debate entre especialistas da área (veja mais abaixo).
O trabalho aborda questões como o tempo de deslocamento dos moradores da capital paulista nos diferentes modais, os meios de transportes mais utilizados e os principais problemas do transporte público, na percepção da população. A pesquisa também detalha questões específicas relacionadas à utilização de ônibus, bicicletas e automóveis, como segurança, pontualidade, conforto e frequência de uso. Ela é realizada anualmente desde 2007 e conta com o apoio do Sesc-SP. O trabalho de campo é feito pelo Ipec e, em 2024, foram consultados 800 moradores da capital paulista, pessoalmente e de forma online, nas 5 regiões da cidade.
Veja alguns destaques da pesquisa:
- O tempo médio de deslocamento dos moradores de São Paulo para todas as atividades diárias é de 2h25.
- No caso das pessoas que utilizam transporte público, esse tempo é de 2h47, um aumento de 10 minutos em relação ao levantamento do ano passado; usuários de automóveis gastam, em média, 2h28 (18 minutos a menos do que em 2023).
- O tempo de deslocamento aumentou para os moradores do Centro (+ 13min) e das zonas Sul (+ 22min) e Oeste (+ 14min); e caiu nas zonas Leste (- 21min) e Norte (- 15min).
- O ônibus municipal é o meio de transporte mais utilizado pela população (38% das pessoas), seguido pelo carro (23%) e pelo metrô (12%).
- O número de pessoas que utilizam transporte público com maior frequência vem aumentando gradualmente, ano a ano, desde a pandemia: era 45% em 2021 e subiu para 61% em 2024.
- Da mesma forma, diminui a cada ano o número de usuários de transporte particular / individual: era 54% em 2021 e teve uma redução para 38% em 2024.
O tempo médio de espera pelos ônibus nos pontos e terminais é de 24 minutos; em 2023, era de 21 minutos. Em 2024, cresceu o percentual de pessoas que esperam de 15 a 30 minutos e de 30 a 45 minutos. - Frequência (27%), lotação (24%) e pontualidade (16%) são os principais problemas dos ônibus, segundo a percepção da população.
Quatro em cada dez pessoas deixam de visitar amigos e familiares por causa do preço da tarifa; três em cada dez deixam de realizar atividades de lazer pelo mesmo motivo. - Em 52% dos domicílios paulistanos há um carro de passeio da família; 30% das pessoas dizem que usam carro próprio todos os dias ou quase todos os dias para se deslocar pela cidade.
- O número de moradores que declaram usar o carro com mais frequência subiu de 19%, em 2023, para 29%, em 2024. O principal motivo é o conforto, seguido pela lotação do transporte coletivo e pelo longo tempo de espera nos pontos e terminais.
- 12% dos entrevistados dizem que usam a bicicleta com maior frequência; 2% usam todos os dias; 3% quase todos os dias; e 7% de vez em quando. Roubos e furtos nas ciclovias e ciclofaixas são os motivos que mais inibem as pessoas de pedalar na cidade.
- 66% dos paulistanos e paulistanas concordam totalmente ou em parte que a tarifa zero deveria ser estendida a todos os dias da semana.
- 49% discordam totalmente ou em parte que a grande quantidade de recursos investidos recentemente em asfalto valeu a pena; 47% concordam totalmente ou em parte.
- 92% dos paulistanos concordam totalmente ou em parte que o uso de celular no trânsito causa mais acidentes.