A Construtora Tenda registrou um aumento significativo em seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, conforme informado em balanço divulgado nesta quarta-feira.
A empresa, que atua principalmente no segmento de baixa renda, alcançou um lucro líquido de R$ 76,2 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo de R$ 23,8 milhões registrado no mesmo trimestre de 2023. A margem líquida da Tenda também teve uma melhora expressiva, passando de -3% para 8,4% no período.
A Tenda revisou para cima suas projeções para o ano. A estimativa de vendas líquidas agora está entre R$ 4,1 bilhões e R$ 4,4 bilhões, acima da previsão anterior de R$ 3,2 bilhões a R$ 3,5 bilhões. A margem bruta esperada subiu para um intervalo de 31% a 32%, em comparação com a faixa anterior de 29% a 31%.
Já o guidance para o Ebitda ajustado foi elevado de R$ 375 milhões para R$ 425 milhões para uma nova faixa entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões. As projeções para a Alea, a divisão de casas pré-fabricadas da Tenda, são motivadas inalteradas.
Em dados comunicados operacionais divulgados em outubro, a Tenda reportou um crescimento significativo no terceiro trimestre. As vendas líquidas aumentaram 68% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,55 bilhão. Os lançamentos da empresa somaram R$ 2,15 bilhões, uma alta expressiva em relação ao valor geral de vendas (VGV) de R$ 880,6 milhões registrado no terceiro trimestre de 2023.
Para o Bradesco BBI, a relação risco/retorno está melhorando e vê a Tenda construindo um atraente cenário esperado de ganhos em 2026, com crescimento maior do que os pares. O BBI aponta que, além disso, o Tenda Day, em 17 de dezembro, pode ser importante para dar mais visibilidade para 2025, especialmente na Alea (marca de pré-moldados), que acredita que o mercado ainda vê principalmente como uma fonte de risco e volatilidade de lucros.