A Tesla deve se beneficiar de uma tarifa reduzida para seus carros fabricados na China e exportados para a União Europeia, após o braço executivo do bloco revisar suas propostas de impostos sobre importações de veículos elétricos produzidos na China nesta terça-feira (20).
Essas revisões fazem parte do esboço das conclusões emitidas pela Comissão Europeia na investigação de mais alto nível da UE sobre supostos subsídios chineses, que resultaram em ameaças de retaliação por parte de Pequim.
A Comissão, responsável pela política comercial do bloco, afirma que as tarifas propostas são necessárias para nivelar o campo de jogo e combater o que considera serem subsídios injustos.
A Comissão Europeia estabeleceu uma tarifa reduzida de 9% para a Tesla, abaixo dos 20,8% indicados em julho. Além disso, algumas empresas chinesas em joint ventures com montadoras da UE podem receber taxas punitivas menores sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China. Essas tarifas são adicionais ao imposto padrão da UE de 10% sobre importações de carros.
A Tesla havia solicitado um recálculo de sua tarifa, com base nos subsídios específicos que recebeu. A Comissão confirmou que a empresa americana recebeu menos subsídios do governo chinês em comparação com outros fabricantes de veículos elétricos chineses investigados por Bruxelas.
Ela afirmou que ainda acredita que a produção de EVs chineses se beneficiou de subsídios extensivos e propôs taxas finais de até 36,3%. Isso é um pouco menor do que a taxa provisória máxima de 37,6% definida em julho. A Tesla estava entre as empresas classificadas como cooperantes com a investigação da UE.