As vendas de títulos do Tesouro Direto alcançaram R$ 7,091 bilhões em abril deste ano, impulsionadas pela forte procura por papéis indexados à taxa básica de juros da economia (Selic), que representaram 51,6% do total. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Tesouro Nacional.
No mesmo período, os resgates totalizaram R$ 2,865 bilhões, sendo integralmente referentes a recompras (resgates antecipados). Não houve vencimento de títulos no mês, quando o governo realiza o pagamento do principal acrescido dos juros aos investidores. Com isso, as emissões líquidas de títulos do Tesouro Direto atingiram R$ 4,225 bilhões em abril, demonstrando um saldo positivo entre as vendas e as retiradas.
Os títulos corrigidos pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tiveram uma participação de 35,3% nas vendas, enquanto os títulos prefixados, com taxas de juros definidas no momento da emissão, corresponderam a 13,1%.
O Tesouro Selic, indexado à taxa básica de juros, foi o mais procurado pelos investidores, com um volume de vendas de R$ 3,7 bilhões. Os papéis atrelados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) movimentaram R$ 2,5 bilhões, enquanto os prefixados totalizaram R$ 932 milhões.
Entre os novos produtos lançados pelo Tesouro Nacional, o Tesouro RendA+, voltado para a complementação da aposentadoria, destacou-se com vendas de R$ 481,6 milhões (6,8% do total). Já o Tesouro Educa+, destinado ao financiamento da educação, atingiu R$ 130,9 milhões em vendas (1,8%).
Nos resgates antecipados, os títulos indexados à Selic predominaram, somando R$ 1,9 bilhão (66,6% do total), seguidos pelos papéis atrelados à inflação (R$ 657,8 milhões) e pelos prefixados (R$ 298,4 milhões).
A maior parte das aplicações em abril se concentrou em títulos com vencimento entre 1 e 5 anos (42,2%), seguidos por títulos com vencimento entre 5 e 10 anos (35,4%) e, por fim, títulos com prazo superior a 10 anos (22,3%).
Ao final de abril, o estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 170,9 bilhões, registrando um crescimento de 3,5% em relação a março e de 25,1% na comparação com abril de 2024. Os títulos atrelados à inflação mantêm a maior participação no estoque, com R$ 88,8 bilhões (52% do total), seguidos pelos títulos indexados à Selic (R$ 60,5 bilhões) e pelos prefixados (R$ 21,5 bilhões).