Trabalhadores do Sistema Petrobras (PETR4) aprovaram a deflagração de uma greve nacional que terá início à zero hora da próxima segunda-feira (15). A decisão foi anunciada nesta quarta-feira pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), após a categoria considerar “insuficiente” a segunda contraproposta da companhia para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A FUP afirmou que a nova proposta, entregue pela petroleira na terça-feira, não demonstrou avanços em pontos cruciais que estão sendo debatidos desde o início das negociações. Entre as principais exigências dos petroleiros, destacam-se a busca por uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, uma questão que impacta diretamente a renda de aposentados e pensionistas.
Além disso, a pauta da categoria inclui aprimoramentos no plano de cargos e salários e garantias de recomposição salarial sem a aplicação de mecanismos de ajuste fiscal. Com a rejeição unânime da contraproposta, a FUP informou que os sindicatos filiados notificarão formalmente a empresa sobre a paralisação na próxima sexta-feira.
a Petrobras confirmou ter recebido a notificação e manifestou que a decisão da categoria não interrompe o processo negocial. A companhia destacou que sua proposta mais recente já contemplava avanços em diversas cláusulas e reafirmou o compromisso com a construção de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que seja equilibrado e sustentável.
Em 26 de março de 2025, petroleiros aderiram a uma greve de advertência de 24 horas — reivindicando teletrabalho, PLR e melhores condições de trabalho. Em maio de 2025, as federações convocaram uma greve de dois dias (29 e 30 de maio), após impasse nas negociações.
Em 7 de novembro de 2025, assembleias rejeitaram a contraproposta da Petrobras para o ACT 2025–2026. A decisão resultou em estado de greve e assembleia permanente. Em 10 de novembro de 2025, a FUP comunicou formalmente à Petrobras e suas subsidiárias o estado de greve.
O movimento revela tensão crescente entre a força de trabalho da Petrobras e sua diretoria, especialmente em um contexto onde a empresa também reporta lucros. Isso pode indicar risco de escalada da paralisação — com impactos potencialmente maiores em produção, logística, distribuição de combustíveis, etc.









