Os pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pago no Brasil movimentaram R$ 2,2 trilhões no primeiro semestre de 2025, um aumento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo segundo trimestre, que totalizou R$ 1,1 trilhão em transações, uma alta de 10,4%. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), divulgados nesta quarta-feira.
O cartão de crédito liderou o crescimento, movimentando R$ 1,5 trilhão — um aumento de 14,4%. As compras à vista foram as mais comuns, respondendo por 57,3% das operações, enquanto as compras parceladas sem juros representaram 41,2%. O cartão de débito, por sua vez, registrou uma leve queda de 0,3%, totalizando R$ 484,8 bilhões. Já o cartão pré-pago avançou 4,8%, somando R$ 190,1 bilhões.
No total, os brasileiros realizaram 23,2 bilhões de transações com cartões no semestre, o que representa um crescimento de 5,2% e uma média de 128 milhões de pagamentos por dia.
O pagamento por aproximação continua em forte expansão, com um crescimento de 37,1%, atingindo R$ 883 bilhões em valor transacionado. A modalidade já representa 71,1% das compras presenciais no país. As compras online também cresceram, somando R$ 537 bilhões no semestre, uma alta de 16,7%.
No cenário internacional, os gastos de brasileiros no exterior com cartões totalizaram US$ 8,2 bilhões, um aumento de 5,5%, com Estados Unidos e Europa sendo os destinos de maior gasto. Estrangeiros, por sua vez, desembolsaram US$ 3,2 bilhões no Brasil, uma alta de 12,1%.
No comércio, os setores de livrarias e afins (+38,3%), roupas, sapatos e acessórios (+17,7%) e eletrônicos e eletrodomésticos (+14,1%) registraram os maiores crescimentos. Entre os serviços, profissionais liberais (+36,4%), serviços médicos (+21,2%) e seguros (+17,9%) lideraram o avanço.
Geograficamente, a região Sudeste continuou a liderar, concentrando mais da metade (53,5%) das transações nacionais, com R$ 1,1 trilhão movimentado. No entanto, as demais regiões tiveram crescimentos acima da média nacional, com destaque para o Nordeste (+16,8%), Sul (+15,2%), Norte (+13,1%) e Centro-Oeste (+12,3%).