Tratado global sobre a poluição plástica busca mitigar os efeitos do lixo descartado

Caso o cenário não se altere, até 2050, poderá haver mais plásticos do que peixes no oceano

A problemática do acúmulo de lixo plástico se estende no âmbito global. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a humanidade produz mais de 430 milhões de toneladas de plástico por ano. Em busca de remediar este cenário, desde dezembro de 2022, 175 países negociam um tratado global como forma de mitigar os efeitos da poluição plástica.

Segundo pesquisa feita pela Ipsos com mais de 24 mil pessoas em 32 países, a pedido da WWF International e da Plastic Free Foundation, 85% dos brasileiros acreditam que o tratado global deva proibir sacolas de compras, talheres, copos e pratos plásticos de uso único. 

Em caso da não contenção da produção de plástico, até 2040 é estimado que o material dobre no ingresso econômico e, consequentemente, triplique o volume de lixo destinado aos oceanos e quadruplique o  de plástico no mar.

Para obter um tratado eficaz até ao final de 2024, os governos devem dar prioridade a um acordo sobre as principais medidas que terão o maior impacto na poluição plástica – em particular, as proibições globais de plásticos descartáveis, que são ​​mais nocivos e evitáveis; requisitos vinculantes e globais sobre design de produto e desempenho para garantir a redução, reutilização e reciclagem segura de todos os produtos plásticos; e para sustentar tudo isso, um pacote financeiro robusto.

“É fundamental e urgente que o Brasil adote uma postura ambiciosa nas negociações por um tratado global contra a poluição plástica. Como sede do G20 neste ano e da COP30 em 2025, o país precisa alinhar a sua postura de liderança nas discussões internacionais sobre meio ambiente e clima com uma agenda robusta contra a maré de plásticos que está poluindo nosso planeta”, declara Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.

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