O varejo no Brasil teve queda de 0,3% em outubro, com base no que foi gerado em setembro, de acordo com dados revelados nesta quinta-feira (14). O resultado é consequência da taxa de juros elevada, principalmente em bens mais duráveis.
A análise da queda no setor já podia ser vista em novembro deste ano, após relatório divulgado pela ICVA, que é da Cielo, empresa de meios de pagamento. A companhia divulgou que as vendas tiveram queda de 4,1% em relação ao mesmo mês de 2022.
“É possível que o estímulo ao consumo proporcionado pelos empréstimos federais concedidos a pessoas físicas em outubro do ano passado tenha colaborado para uma base de comparação mais elevada”, afirmou Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo.
A nova avaliação foi publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou que o setor opera 4,4% acima do patamar pré-pandemia – período de fevereiro de 2020 -, e 2% abaixo do maior nível da série – que foi alcançado em outubro do mesmo ano. A expectativa dos especialistas era de um avanço de 1,76% em relação ao mesmo mês em 2022, contudo, o ganho foi apenas de 0,2%.
Mesmo com esforços do Banco Central em reduzir a taxa de juros, o mercado recuou em cinco das oito atividades pesquisadas – equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-5,7%), tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%). Todos eles tiveram desempenho negativo no período.