Durante três dias o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) deu declarações à Policia Federal, onde implicou diretamente o ex-presidente em pelo menos três momentos da delação, especificamente nos casos: das joias sauditas trazidas ilegalmente para o Brasil; no suposto golpe de Estado; e na fraude em cartões de vacina contra a Covid-19. Ao todo já são 24 horas de depoimentos registradas em vídeo.
No caso das joias sauditas, Mauro Cid confessou que cumpriu ordens para “resolver” a situação. Na ocasião ele teria vendido o Rolex por 35 mil dólares e repassado parte do dinheiro em mãos a Bolsonaro.
No final de setembro, uma fala de Cid veio a público onde o ex-ajudante de ordens relatou uma reunião de Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas para discutir um plano de golpe. Segundo Cid, Bolsonaro teria apresentado uma minuta para se manter no poder.
Já no período da pandemia, Bolsonaro foi acusado de falsificação em cartões de vacina contra a Covid-19. Em maio, Cid chegou a ser preso como responsável pelo esquema que viabilizou tal falsificação. Na ocasião, Bolsonaro chegou a ser alvo de busca e apreensão. Durante a delação, Cid confirmou que os documentos fraudados foram impressos e entregues em mãos ao ex-presidente para que o mesmo usasse quando “achasse conveniente”.