O volume de vendas no varejo brasileiro avançou 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro, alcançando o maior nível da série histórica iniciada em 2000, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho veio em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 0,5% no período.
Segundo o IBGE, o resultado de fevereiro representa uma retomada mais consistente, após quatro meses consecutivos de variações próximas de zero. O crescimento ocorre mesmo diante de um cenário de condições financeiras adversas na maior economia da América Latina.
O desempenho positivo do varejo vem em meio a um ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central, que elevou de forma agressiva a taxa de juros nos últimos anos como resposta à pressão inflacionária.
Entre as oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro registraram crescimento em fevereiro. O destaque ficou com o segmento de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que avançou 1,1% no mês. Já o setor de móveis e eletrodomésticos teve alta de 0,9%.
Em relação a fevereiro de 2024, o volume de vendas no comércio varejista avançou 1,5%, com cinco dos oito setores investigados em alta: Móveis e eletrodomésticos (9,3%), Tecidos, vestuário e calçados (8,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%) e Combustíveis e lubrificantes (1,5%).
No varejo ampliado, nesta comparação, a alta foi de 2,4%, com crescimento de 10,0% em Veículos e motos, partes e peças; de 9,7% em Material de Construção, e queda de 6,5% na atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Na comparação anual, o volume de vendas no varejo subiu 1,5%, resultado levemente abaixo da expectativa do mercado, que projetava crescimento de 1,6%.