Com milhões de seguidores e marcas milionárias, a influenciadora se tornou uma das personalidades mais poderosas do país — mas sua ascensão também levanta questionamentos sobre responsabilidade digital.
Com apenas 25 anos, Virginia Fonseca já é considerada uma das influenciadoras mais bem-sucedidas do Brasil. Natural dos Estados Unidos, mas criada em solo brasileiro, a empresária ganhou notoriedade nas redes sociais pela espontaneidade e forte conexão com o público jovem. Hoje, soma mais de 45 milhões de seguidores em diferentes plataformas e é responsável por transformar sua imagem em uma marca poderosa — e altamente rentável.
Virginia iniciou sua trajetória como youtuber em 2016 e rapidamente migrou para outras redes, como Instagram e TikTok, onde se consolidou como um fenômeno de audiência. Seu casamento com o cantor Zé Felipe (filho do sertanejo Leonardo) ajudou a alavancar ainda mais sua presença na mídia, e juntos, o casal se tornou uma vitrine diária para milhões de seguidores.
Além da vida pessoal altamente compartilhada, Virginia também mostrou ser uma estrategista de negócios. Criadora da marca de cosméticos WePink, ela ajudou a conduzir a empresa a um faturamento projetado de mais de R$ 150 milhões, posicionando-se como uma das grandes líderes da nova geração de empresárias digitais no país.
No entanto, sua imagem também passou a ser vinculada a um setor controverso: as apostas online. Contratada por plataformas como Esportes da Sorte e Blaze, Virginia passou a promover jogos de azar nas redes sociais, o que gerou críticas e levou seu nome à pauta da CPI das Apostas no Congresso Nacional. O principal ponto de debate é o modelo de remuneração baseado nas perdas dos usuários e a influência sobre públicos jovens.
Enquanto defensores destacam o empreendedorismo e a legitimidade das plataformas, críticos apontam para a falta de regulamentação, riscos de vício e aliciamento digital disfarçado de entretenimento. Virginia, que sempre se manteve ativa nas redes, limitou declarações públicas sobre o assunto, mas continua no radar da imprensa e de autoridades.
Apesar das polêmicas, sua trajetória segue sendo um exemplo claro do poder de influência no mundo digital — e também um alerta sobre os desafios éticos dessa nova economia de atenção.