A Vivo, empresa líder em sustentabilidade no Brasil e a re.green, referência na restauração ecológica em escala, firmaram parceria inédita para a restauração e regeneração de áreas degradadas na floresta amazônica oriental, pelos próximos 30 anos, chamada de Floresta Futuro Vivo. Com a medida, a Vivo torna-se a primeira empresa brasileira a firmar contrato de restauração com a re.green. A iniciativa será desenvolvida na área conhecida como Mosaico Gurupi–Turiaçu, importante corredor ecológico entre o oeste do Maranhão e o leste do Pará, ameaçado pelo desmatamento e degradação.
O projeto prevê a recuperação e proteção de aproximadamente 800 hectares de floresta, com o plantio e conservação de cerca de 900 mil árvores de 30 espécies nativas, em uma das regiões mais desmatadas do bioma. A iniciativa prevê a reconexão de fragmentos florestais, restauração das funções ecológicas, além de beneficiar espécies ameaçadas, como o cebus kaapori – um primata endêmico da Amazônia brasileira, favorecendo o retorno gradual e natural da biodiversidade.
A re.green será responsável pela execução técnica e socioambiental do projeto, que inclui todo o desenho ecológico da restauração, desde a definição das espécies e manejo de sementes até o uso de tecnologias de monitoramento para acompanhar o crescimento das mudas, avanço da regeneração natural e os benefícios climáticos e ecológicos.
“Conservar a floresta Amazônica é uma medida essencial para o equilíbrio do clima no planeta. Como empresa líder em sustentabilidade, damos mais um passo importante no compromisso com a biodiversidade. A parceria com a re.green, reconhecida pela tecnologia na reconstrução de ecossistemas ameaçados, reflete esta visão de longo prazo com a regeneração da Amazônia”, destaca Joanes Ribas, diretora de Sustentabilidade da Vivo.
“Ter a Vivo como primeiro cliente brasileiro é um marco para a re.green e para o próprio país. Mostra que o Brasil tem empresas dispostas a liderar, com visão de longo prazo, a restauração dos seus ecossistemas. Temos ciência, tecnologia e capacidade de execução para transformar a recuperação da natureza em uma agenda de desenvolvimento nacional. Ao lado da Vivo, queremos mostrar que restaurar a Amazônia é proteger o futuro e que o país pode ser referência mundial na reconstrução da natureza.”, afirma Thiago Piccolo, CEO da re.green.
O projeto de restauração que será conduzido pela re.green no Mosaico Gurupi–Turiaçu envolve desde o mapeamento detalhado da paisagem até a implementação adaptativa em campo. Utilizando modelos próprios e ciência aplicada, o trabalho considera o potencial de regeneração natural de cada área para definir o esforço necessário de plantio. Espécies nativas são selecionadas com base em dados ecológicos e disponibilidade regional, cultivadas em parceria com uma rede de viveiros locais. A coleta de sementes é feita com rastreabilidade e critérios genéticos rigorosos, garantindo a diversidade e a resiliência da floresta em reconstrução. A implementação do projeto tem início previsto para o ano que vem, respeitando o calendário ambiental e as condições específicas da região.
Mais do que plantar árvores, a re.green recria ecossistemas funcionais. A restauração promove a reconstituição dos fluxos hídricos naturais ao recuperar nascentes, recompor matas ciliares e favorecer a infiltração de água no solo — elementos essenciais para restaurar o equilíbrio do ciclo da água. Também impulsiona a conservação da biodiversidade, com potencial para beneficiar espécies ameaçadas. A floresta restaurada fortalece cadeias produtivas locais, como o manejo de sementes e frutos nativos, gerando emprego, renda e segurança hídrica para as comunidades do entorno. Tudo isso é monitorado com uso de tecnologia e alinhado aos mais altos padrões internacionais de restauração ecológica.
A re.green foi fundada em 2021, para enfrentar um dos maiores desafios da nossa era: restaurar florestas tropicais em escala, conjugando a geração de impactos para o clima, a natureza e as pessoas, com retornos financeiros atrativos e consistentes. A empresa é finalista do Prêmio Earthshot 2025, um reconhecimento ambiental global criado em 2020 pelo Príncipe William, do Reino Unido, para identificar, celebrar e apoiar soluções inovadoras para restaurar o planeta e resolver os maiores desafios climáticos da atualidade. Concorrendo na categoria Proteger e Restaurar a Natureza, a re.green foi escolhida pelo “trabalho desempenhado na reconstrução de ecossistemas ameaçados com tecnologia de ponta e ações conduzidas pela comunidade com enorme potencial de impacto”.
A empresa combina ciência, tecnologia e capital para transformar áreas degradadas em ecossistemas funcionais na Amazônia e na Mata Atlântica. Já atraiu investidores, clientes e parceiros de renome no Brasil e no mundo. Seus projetos geram créditos de carbono de alta integridade, recuperam a biodiversidade e criam oportunidades econômicas em territórios estratégicos. A re.green atua em mais de 34 mil hectares em quatro estados, sendo mais de 17 mil já em processo de restauração. Sua meta é restaurar 1 milhão de hectares, capturando 15 milhões de toneladas de carbono por ano. Desde sua fundação, cerca de 6 milhões de mudas já foram cultivadas, sendo previsto o plantio de mais de 65 milhões de mudas até 2032. A re.green também é responsável pela Bioflora, um dos maiores viveiros de espécies nativas do país, com produção anual de cerca de 3 milhões de mudas.
