A Volkswagen alertou nesta terça-feira (21) sobre o “impacto econômico prejudicial” das tarifas propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as do México. A montada europeia, que mantém uma grande fábrica no país, destacou que essas medidas poderiam comprometer significativamente as suas operações.
A gigante alemã já enfrentou desafios relacionados aos altos custos operacionais e à crescente concorrência de fabricantes chineses, que oferecem veículos a preços mais competitivos. A possibilidade de tarifas de 25% sobre produtos provenientes do México aumenta ainda mais a incerteza para a empresa e o setor automotivo como um todo, segundo os comentários da Volkswagen.
Embora uma decisão firme não tenha sido tomada, Trump disse que tais tarifas poderiam entrar em vigor a partir de 1º de fevereiro. A fábrica de automóveis da Volkswagen em Puebla é a maior do México e uma das maiores do Grupo Volkswagen, produzindo cerca de 350.000 carros em 2023, incluindo Jetta, Tiguan e Taos — todos para exportação aos EUA.
“O Grupo Volkswagen está preocupado com o impacto econômico prejudicial que as tarifas propostas pela administração dos EUA terão sobre os consumidores americanos e a indústria automotiva internacional”, afirmou porta-voz da Volkswagen em uma declaração enviada por email à Reuters.
Analistas da Stifel estimaram que cerca de 65% dos veículos vendidos pela Volkswagen nos Estados Unidos perderiam competitividade caso fossem inovadoras as tarifas propostas sobre o México. Isso reflete o impacto significativo que a medida teria sobre os custos e preços dos automóveis, prejudicando as vendas da montadora em um de seus mercados mais importantes.