Voluntariado corporativo impulsiona acesso ao inglês para jovens de escolas públicas

Voluntariado corporativo impulsiona acesso gratuito ao inglês para jovens de escolas públicas e bolsistas

O ensino de inglês como ferramenta de transformação social tem se consolidado como uma ponte para a inclusão e o desenvolvimento de jovens de escolas públicas ou bolsistas. A proficiência no idioma, especialmente quando ampliada para esses grupos, está associada a diversas dimensões do desenvolvimento econômico e humano, incluindo melhores oportunidades educacionais, maior inserção no mercado de trabalho, acesso à inovação e maior engajamento com o mundo globalizado, de acordo com o relatório EF-EPI. 

Na Cidadão Pró-Mundo (CPM), organização social que oferece cursos de inglês gratuitos para este público, essa missão é potencializada por meio de parcerias com empresas e seus colaboradores, que encontram no voluntariado corporativo uma oportunidade de gerar impacto — não só na vida dos estudantes, mas também em suas próprias trajetórias profissionais.

O voluntariado corporativo na ONG vem crescendo ano a ano e no primeiro semestre de 2025, mais de 150 voluntários de empresas parceiras estiveram engajados, sendo 120 veteranos, demonstrando o interesse em continuar levando o inglês para quem quer aprender. Esta procura reflete uma tendência entre as empresas, incentivando, cada vez mais, as ações voluntárias como forma de engajamento dos colaboradores em iniciativas que beneficiam a comunidade e fortalecem causas sociais. Organizações de diferentes setores têm incorporado esse movimento em suas agendas, promovendo atividades alinhadas às diretrizes de responsabilidade socioambiental e aos princípios ESG (Social, Ambiental e Governança) — com destaque para o pilar “S”, de Social.

“O voluntariado corporativo acaba sendo uma ação em que todos ganham: os estudantes que têm suas aulas garantidas, o colaborador que trabalha com mais propósito e adquire novas habilidades e a empresa que entrega impacto social real”, afirma Ludmilla Fregonesi, diretora-executiva da Cidadão Pró-Mundo.

O impacto social de eliminar barreiras idiomáticas para jovens e adultos de baixa renda, além de aumentar a empregabilidade e reduzir desigualdades sociais, contribui também para o mercado do qual fazemos parte, que se beneficia ao contratar esses jovens e ganha com a diversidade de talentos em seus negócios”, afirma André Bernini, sócio coordenador da Comissão de Responsabilidade Socioambiental do escritório Pinheiro Neto Advogados, uma das empresas parceiras da CPM.

A conexão dos voluntários com a organização é tão significativa que, muitas vezes, se desdobra em outros caminhos. Entre os relatos que marcam essa jornada, está o da volunteacher Emily Somenzari, integrante do escritório de advocacia, que traduz bem o espírito da iniciativa: “Ser volunteacher na Cidadão Pró-Mundo é mais do que ensinar um idioma, é abrir portas para futuros repletos de possibilidades. Ao compartilhar seu conhecimento, você não apenas transmite palavras, mas também oferece a chance de transformação pessoal e profissional para aqueles que precisam. Além de ter a oportunidade de impactar positivamente a vida dos alunos, é uma experiência transformadora também para o voluntário, pois proporciona crescimento pessoal e fortalece o senso de pertencimento a uma causa maior”. 

O voluntariado gera ganhos significativos tanto para os colaboradores quanto para a cultura organizacional. Segundo André, uma colaboradora do escritório que começou como voluntária em 2021 decidiu cursar uma pós-graduação em Direitos Humanos, ampliando sua visão de mundo e seu senso de propósito. “Fortalece o orgulho, o senso de pertencimento e o ideal de gerar impacto positivo na sociedade. Além disso, desenvolve soft skills como liderança, empatia, comunicação e adaptabilidade”, diz.

Já na Cabot Corp, empresa líder global em produtos químicos especiais e materiais de desempenho, a parceria com a CPM começou em 2024, impulsionada pela iniciativa de um colaborador que já atuava como voluntário. Desde então, o programa vem crescendo — foram 20 voluntários até o momento, além de novos colaboradores em fase de adesão para o próximo semestre.

Para Amanda Sonvez, coordenadora administrativa da Cabot, o voluntariado fortalece o senso de comunidade e impulsiona a cultura organizacional. “O voluntariado também promove a inclusão social e torna o ensino ainda mais rico, porque a pessoa que está ali, dedicando algumas horas dos seus sábados, não está por obrigação, e sim porque quer fazer parte, porque quer estar ali contribuindo de alguma forma na formação desses jovens e deseja ver a mudança acontecer. O inglês abre portas para que eles consigam se inserir em um mercado de trabalho cada vez mais globalizado”, ressalta.

Ela reforça ainda que incentivar o ensino do inglês por meio do voluntariado vai muito além do conteúdo. “É sobre enxergar e cuidar do próximo com o objetivo de poder ajudar a transformar os sonhos destes alunos em realidade”. 

Atualmente, 12 empresas trabalham em parceria com a ONG Cidadão Pró-Mundo, impulsionando a transformação social por meio do ensino de inglês. Para engajar seus colaboradores, muitas empresas realizam info-sessions, divulgam internamente as oportunidades, compartilham depoimentos de voluntários e reforçam o convite a familiares e amigos, ampliando ainda mais a rede de impacto. 

As empresas que participam atualmente da CPM são: Boehringer Ingelheim, Citibank, Pinheiro Neto Advogados, IBM, JP Morgan, Cabot, Amazon, Trench Rossi Watanabe, Microsoft, DocuSign, Bloomberg e IFC. 

“O volunteacher foi muito bem recebido internamente e é um sucesso a cada semestre. Já passaram mais de 100 integrantes do nosso escritório. Assim como a CPM, acreditamos que investir no potencial das pessoas, com pouco acesso à oportunidades, é a chave para um futuro mais inclusivo”, conclui André, do Pinheiro Neto Advogados. 

Empresas interessadas em conhecer mais sobre a Cidadão Pró-Mundo e iniciar um programa de voluntariado corporativo podem acessar.

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