A XP Inc. alcançou um novo recorde de rentabilidade, com lucro líquido ajustado de R$ 1,321 bilhão no segundo trimestre de 2025. O resultado representa um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado e 7% na comparação com o primeiro trimestre deste ano, impulsionado pela melhora na receita do varejo.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) da companhia foi de 24,4%, superando os 22,1% do segundo trimestre de 2024. A empresa destacou ainda que seu retorno sobre o patrimônio líquido tangível (ROTE) subiu para 30,1%, o que permite uma comparação mais direta com os concorrentes.
A receita bruta total da XP atingiu R$ 4,669 bilhões, uma alta de 4% na comparação anual. O setor de varejo foi o principal motor desse crescimento, com avanço de 9% na receita, chegando a R$ 3,577 bilhões.
O bom desempenho do varejo foi puxado principalmente pela renda fixa, que cresceu 20% e gerou R$ 988 milhões em receita. As “outras receitas do varejo”, que incluem serviços como câmbio, conta digital e consórcio, também tiveram um forte aumento de 31%, alcançando R$ 634 milhões.
A receita com renda variável, por sua vez, registrou uma queda de 8% em relação ao ano anterior, mas voltou a ser a principal fonte de receita dentro do varejo da XP, superando a renda fixa.
Apesar do lucro e da receita recordes, a captação líquida no varejo (o “Net New Money”) desacelerou, totalizando R$ 16 bilhões no trimestre. O valor é 21% menor que no trimestre anterior e 34% abaixo do captado no mesmo período de 2024. O número de clientes ativos também teve um crescimento mais modesto, subindo 2% na comparação anual, para 4,7 milhões.
O CEO da XP Inc., Thiago Maffra, ressaltou que o crescimento do lucro por ação, que subiu 22% em relação ao ano anterior, foi mais forte que o lucro líquido devido aos programas de recompra de ações da empresa. “Tenho confiança de que estamos no caminho certo e que continuamos trabalhando intensamente para manter o nosso ritmo de crescimento de longo prazo”, afirmou.
A XP também destacou seu foco em disciplina de custos, com o índice de eficiência caindo 1,6 ponto percentual na comparação anual. As despesas administrativas gerais aumentaram 10%, principalmente devido a investimentos em marketing e tecnologia.
Outros destaques do trimestre incluem o avanço de 45% nos prêmios de seguros, o crescimento de 15% nos ativos de clientes de previdência e o aumento de 8% no volume transacionado com cartões. As novas verticais de negócio apresentaram um forte crescimento de receita de 146% na comparação anual.