Zamp tem alta de 163,6% no prejuízo no 2º trimestre

A Zamp, empresa que opera a rede Burger King no Brasil, divulgou um prejuízo líquido de R$ 73 milhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de 163,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Apesar do prejuízo, a companhia apresentou um crescimento de 16% em sua receita líquida, que totalizou R$ 1,3 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado também cresceu, atingindo R$ 173,5 milhões, um avanço de 16,5%. A margem Ebitda, no entanto, teve uma leve queda de 0,1 ponto percentual, ficando em 34,9%.

O resultado financeiro da Zamp ficou negativo em R$ 94,4 milhões, uma piora significativa em comparação com o prejuízo de R$ 45,2 milhões registrado no segundo trimestre de 2024. Por outro lado, a empresa conseguiu reduzir as despesas com vendas nos restaurantes, que representaram 45,8% da receita líquida, uma diminuição de 1,8 ponto percentual.

Ao final de junho de 2025, a dívida líquida da empresa era de R$ 867 milhões, uma redução de 1,6% em relação ao ano anterior. No entanto, o indicador de alavancagem financeira, que mede a relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, subiu para 2,5 vezes, um aumento de 0,3 ponto percentual.

Em outubro de 2024, a Zamp aprovou um aumento de capital de R$ 450 milhões, elevando o capital social de R$ 1,46 bilhão para R$ 1,91 bilhão. Essa medida visa fortalecer sua estrutura financeira e suportar planos de expansão.

A empresa viveu um ano de forte crescimento em 2024, dobrando de tamanho e passando a contar com mais de 2.650 lojas, sendo distribuídas entre Burger King (≈ 1.000), Subway (≈ 1.450), Starbucks (≈ 110) e Popeyes (≈ 90), além de empregar mais de 20 mil pessoas.

A empresa iniciou como BK Brasil (operadora do Burger King no país com suporte do fundo Vinci Partners) e transformou-se em Zamp em 2022. Desde então, expandiu seu portfólio para incluir também Popeyes, Subway e Starbucks no Brasil. Em 2024, o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Investment Company, adquiriu 58,3% de participação no negócio, assumindo o controle acionário.

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