Dados parciais da produção de petróleo e gás natural do Brasil em maio mostram um aumento nos volumes em comparação a abril, interrompendo uma sequência de cinco quedas mensais consecutivas, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por e-mail à Reuters.
Segundo a ANP, a queda mês a mês observada ao longo do ano ocorreu devido à interdição de unidades de produção, paradas programadas e não programadas, e problemas operacionais. Petroleiras também mencionaram impactos de uma greve no Ibama, mas a ANP afirmou não ter dados disponíveis sobre o tema no momento.
“Em que pese tais eventos, ainda que tenha havido queda relativa na produção por cinco meses consecutivos, a produção referente ao período mencionado (dez/23-abr/24) ainda é superior à produção no mesmo período no ano anterior, indicando um possível aumento na produção anual de petróleo e gás natural no país”, disse em nota.
A ANP não explicou por que a produção vai subir, sem citar quais fatores que causaram a queda consecutiva anteriormente não estão mais presentes. Os dados completos de maio devem ser publicados pela ANP no início de julho.
Em abril, a produção de petróleo do Brasil somou 3,194 milhões de barris de petróleo ao dia em média, menor volume em 12 meses e uma queda de 4,8% na comparação com março, de acordo com dados da agência. Em relação a abril do ano passado, a ANP registrou na ocasião um aumento de 1,69% na produção brasileira de petróleo.
Cálculos do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) apontaram na semana passada que os movimentos trabalhistas no Ibama e na reguladora ANP formam “tempestade perfeita” para o setor. O instituto calcula que o impacto de greve no órgão ambiental já atinge 80 mil barris por dia de petróleo na produção brasileira.