As duas varejistas fecharam um acordo para vender seus produtos nos marketplaces uma da outra. No site do Magalu, o AliExpress vai comercializar seus produtos da linha Choice, que inclui itens da cauda longa (produtos de consumo constante em categorias como beleza, acessórios de computador, telefoni), além de produtos de venda direta do AliExpress que oferecem um custo-benefício. Esses produtos serão importados por meio da certificação do Magalu para o programa Remessa Conforme.
Este anúncio animou o mercado. Às 11h do dia 24, as ações do Magazine Luiza subiam 12%, para R$ 12,13. No ano, o papel da varejista acumula queda de 43,99%. Os ativos MGLU3 fecharam a segunda-feira (24) com ganhos de 12,28%, a R$ 12,16.
O JPMorgan vê o anúncio como positivo para o Magalu, pois isso amplia sua oferta de produtos de terceiros (3P) com SKUs que anteriormente não eram foco da empresa, geralmente com tíquete mais baixo. Sob essa estrutura, a varejista brasileira não arca com o custo de entrega, que é responsabilidade do AliExpress. Isso melhora as unidades de negócio do Magalu e pode potencialmente aumentar as conversões e a recorrência de clientes, embora esteja sujeito à qualidade do serviço oferecido pelo AliExpress.
A XP também considera o anúncio positivo para MGLU3, visto que expande rapidamente o alcance da empresa nas categorias de cauda longa, que são caracterizadas por uma grande variedade de produtos vendidos em quantidades menores. Além disso, o acordo abre um novo canal de vendas para o sortimento 1P (produtos vendidos diretamente pela empresa), embora os analistas vejam esse aspecto como limitado, dada a natureza e o posicionamento do AliExpress.
A Genial tem recomendação de compra para MGLU3, com um preço-alvo de R$ 19,50. Eles destacam que o acordo representa uma relação de ganha-ganha para o Magazine Luiza em ambos os lados: primeiro, onde o AliExpress comercializa seus produtos Choice dentro do marketplace do Magalu; e segundo, onde a empresa atua como vendedora dentro da plataforma chinesa.
Essa estratégia é vista como benéfica, pois expande o alcance e a oferta de produtos para ambas as partes, potencialmente impulsionando as vendas e aumentando a participação de mercado do Magazine Luiza no segmento de comércio eletrônico.