A dívida bruta do Brasil registrou leve alta em agosto, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário maior do que o esperado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou agosto em 78,5%, contra 78,4% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,0%, de 61,8%. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 78,7% para a dívida bruta e de 62,3% para a líquida.
Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB, uma queda de 0,03 ponto percentual ante o déficit acumulado nos doze meses até julho.
No ano, a DLSP elevou-se 1,1 ponto percentual do PIB, em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,3 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,5 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 16,8% acumulada no ano (-1,8 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,5 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.).
A Dívida Bruta – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,5% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em agosto de 2024, um aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Em agosto, o setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,425 bilhões, superando a expectativa de economistas consultados pela Reuters, que previam um saldo negativo de R$ 20,8 bilhões.
Os dados do Banco Central revelam que o governo central registrou um déficit de R$ 22,329 bilhões, enquanto Estados e municípios alcançaram um superávit primário de R$ 435 milhões, e as estatais tiveram um saldo positivo de R$ 469 milhões.