A nova bolsa de valores brasileira, com sede no Rio de Janeiro, será chamada de Base Exchange, conforme informou o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo . A iniciativa é liderada pelo Americas Trading Group (ATG) e controlada pelo fundo soberano Mubadala, com previsão para iniciar operações no segundo semestre de 2025.
Segundo Cláudio Pracownik, CEO da ATG, a estrutura da nova bolsa será finalizada até o final de 2024, com testes programados para o primeiro semestre de 2025. A Base Exchange pretende negociar as mesmas ações da B3, incluindo blue chips como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Pracownik destacou que Brasil e Espanha são os únicos países do G20 com apenas uma bolsa de valores, em contraste com os Estados Unidos, que possuem mais de 15 opções.
Além disso, a Base Exchange planeja atuar nos mercados de derivativos e câmbio, ampliando as opções para investidores e aumentando a competitividade do setor no país.
Pracownik afirmou que a intenção da nova bolsa, a Base Exchange, não é “roubar mercado ou clientes” da B3, mas sim ampliar o volume de negociações no Brasil, que ele considera aquém do potencial econômico do país. Segundo Pracownik, a criação de uma segunda bolsa visa estimular a atividade econômica e o mercado de capitais.
O Rio de Janeiro, vale lembrar, já foi sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) desde 1820 até 2002, quando foi constituída pela Bolsa de Valores de São Paulo, que mais tarde se transformou na B3. A Base Exchange representa, assim, um retorno da cidade ao cenário das negociações de ações.
*Com informações da Reuters