A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram nesta terça-feira (26/11) que as operadoras estão autorizadas a ativar o 5G em qualquer cidade do Brasil. A decisão vem após a conclusão da “limpeza” da faixa de 3,5 GHz, anteriormente ocupada por serviços de satélite e radiodifusão, como antenas parabólicas.
De acordo com estimativas da Anatel, o 5G tem o potencial de adicionar US$ 41 bilhões ao PIB brasileiro até 2030, promovendo avanços em setores estratégicos como saúde, transporte, agricultura e manufatura.
“O 5G não é apenas uma tecnologia mais veloz, mas um catalisador para inovações com potencial de transformação em setores da economia e na sociedade de um modo geral. Ele pode revolucionar o agronegócio com a IoT, promover avanços na telemedicina e ampliar a inclusão digital em comunidades remotas”, destaca o vice-presidente de Telecomunicações da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), Kim Rieffel.
Com a infraestrutura avançando rapidamente, a cobertura deverá se expandir para todas as cidades brasileiras até 2029, conforme o cronograma publicado no Edital do 5G. Entre 2022 e 2024, o Brasil subiu do 80º para o 45º lugar no ranking global de velocidade de download, um salto significativo na conectividade.
Rieffel, da Abrac, reforça que a implantação bem-sucedida do 5G depende de investimentos robustos em infraestrutura de rede, como antenas, fibra óptica e equipamentos de transmissão, que devem passar por uma série de testes que visam avaliar sua qualidade e segurança, tais como: conformidade de padrões, desempenho, interoperabilidade, segurança e resiliência, propagação de sinais e compatibilidade. Produtos testados e aprovados recebem certificado de conformidade emitido por Organismo de Certificação Designado (OCD) e, assim, conquistam a homologação perante a Anatel.
“Esses testes asseguram não apenas a eficiência e confiabilidade da tecnologia, mas também a proteção dos usuários e o incentivo a um desenvolvimento tecnológico mais sustentável”, conclui Rieffel.