O dólar comercial registrou forte valorização em relação ao real nesta segunda-feira (2), ampliando os ganhos da sessão anterior, à medida que os investidores continuassem a reagir características aos anúncios do governo e às ameaças comerciais do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Na máxima do dia, a moeda americana atingiu R$ 6.087.
Por volta das 12h05, o dólar subia quase 1,7%, sendo negociado a R$ 6,07. O dólar encerrou o mês de novembro com alta de 3,8%, fechando a R$ 6. Nesse momento, o Ibovespa apresentou um recuo de cerca de 0,2%, para 125,4 mil pontos.
No cenário internacional, o mercado aguardava uma série de dados econômicos que serão divulgados nos próximos dias, com destaque para o relatório de emprego nos Estados Unidos, previsto para sexta-feira (6), que será crucial para avaliar a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve (Fed).
Donald Trump, decidiu no último sábado (30) que os países do Brics se comprometeriam a não criar uma nova moeda ou apoiar qualquer outra moeda que venha a substituir o dólar, anunciando que, caso contrário, seria imposto tarifas de 100% sobre suas exportações para os Estados Unidos.
Atualmente, operadores veem mais de 61% de chance de o Fed optar por um corte de 25 pontos-base nos juros quando se reunir neste mês, em comparação com uma chance de quase 83% observada no mês anterior, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Além disso, o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, deve falar publicamente, pouco mais de duas semanas depois de ter descartado pressa em cortar os juros.