O Itaú Unibanco adquiriu uma participação de 15% na NeoSpace, startup especializada em inteligência artificial generativa para o setor financeiro. Embora o valor da transação não tenha sido divulgado, a compra ocorreu por meio de uma rodada de investimento investidor pelo Itaú, que totalizou US$ 18 milhões (cerca de R$ 105,7 milhões).
Além do Itaú, participaram da rodada investidores como Micky Malta (Ribbit), Martin Escobari (General Atlantic), Nigel Morris (QED) e Hans Morris (NYCA). O banco pretende utilizar a tecnologia da NeoSpace para aprimorar recomendações personalizadas aos clientes, com base em seu histórico e interesses, além de possíveis aplicações nos modelos de análise do conglomerado.
Paralelamente ao investimento, o Itaú firmou um acordo comercial com a startup, garantindo o uso dos modelos de IA da NeoSpace e o desenvolvimento de um conjunto de produtos exclusivos para suas plataformas digitais de varejo. A iniciativa visa expandir o uso da inteligência artificial no banco e gerar o crescimento da NeoSpace.
A NeoSpace foi fundada no ano passado por Bruno Pierobon, Felipe Almeida e Gustavo Debs, os mesmos empreendedores que desenvolveram a Zup, empresa de tecnologia cujo controle foi adquirido pelo Itaú em 2020.
“Nossos modelos são desenvolvidos para compreender profundamente as necessidades e comportamentos dos clientes, identificar oportunidades de personalização, além de alavancar a eficiência operacional”, diz Bruno Pierobon.
O Itaú tem mais de 400 casos de uso de IA, e mais de 450 profissionais ligados ao desenvolvimento do tema. No final do ano passado, o banco lançou uma espécie de assistente própria que usa IA generativa, a Inteligência Itaú, permitindo o uso para operações como transferências via Pix.